Natal lidera em números absolutos; mulheres representam maioria da população com deficiência no estado
O estado do Rio Grande do Norte possui 285.304 pessoas com algum tipo de deficiência, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23.mai.2025) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são referentes ao Censo Demográfico de 2022 e consideram moradores com dois anos de idade ou mais.
A capital, Natal, concentra o maior número absoluto de pessoas com deficiência: 64.300 residentes declararam possuir alguma limitação física, sensorial ou intelectual. Em seguida, aparecem os municípios de Mossoró (23.425), Parnamirim (15.040), São Gonçalo do Amarante (9.915) e Macaíba (6.936).

Além das cidades de maior porte, o levantamento também apontou concentrações relevantes em municípios de médio porte, como Caicó e Pau dos Ferros, o que evidencia a presença significativa dessa população em diferentes regiões do estado.
De acordo com o IBGE, o número de mulheres com deficiência no estado é maior que o de homens. Foram 162.204 mulheres, contra 123.101 homens que declararam possuir alguma deficiência. Esse dado permite identificar uma predominância feminina, o que pode orientar políticas públicas específicas voltadas para esse público.

Os dados foram estruturados por município, faixa etária e sexo, o que possibilita uma leitura territorializada da realidade da deficiência no estado. A informação é considerada fundamental para o planejamento de políticas públicas voltadas à inclusão, acessibilidade e garantia de direitos.
O levantamento integra uma nova abordagem adotada pelo IBGE a partir do Censo de 2022, que apresenta pela primeira vez uma classificação mais abrangente sobre pessoas com deficiência no país. A metodologia avalia não apenas a presença de deficiências visuais, auditivas e motoras, mas também cognitivas e múltiplas.
A publicação dos dados está disponível no site do IBGE e detalha, entre outros pontos, as condições de vida, escolarização e inserção social da população com deficiência. A partir dessas informações, estados e municípios poderão desenvolver ou ajustar programas voltados à melhoria da qualidade de vida e promoção de direitos desse grupo populacional.

A distribuição das pessoas com deficiência por todo o território potiguar reforça a necessidade de políticas públicas regionalizadas, com foco em mobilidade urbana, acessibilidade nos serviços de saúde e educação, e ações voltadas à inserção no mercado de trabalho.
O Censo 2022 também deve embasar decisões futuras sobre a alocação de recursos, criação de programas assistenciais e adaptação de equipamentos públicos em consonância com a realidade das pessoas com deficiência no Rio Grande do Norte.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil / Roberto Suguino/Agência Senado
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