Idema, IBAMA, Marinha e MPF acompanham impactos do naufrágio da embarcação Harmonia no litoral Norte do RN
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) informou que diversas instituições estão mobilizadas para monitorar e mitigar impactos ambientais decorrentes do naufrágio da embarcação Harmonia, ocorrido após sua partida do Recife com destino a Fernando de Noronha. A embarcação transportava carga destinada à recuperação da pista do aeroporto da ilha.
Após o naufrágio, um contêiner encalhou nas proximidades das praias de Graçandu e Barra do Rio, no litoral norte do estado, no município de Extremoz. Moradores também relataram a presença de manchas de óleo na faixa costeira, o que acionou a pronta resposta de órgãos ambientais e de defesa civil.
Ações de monitoramento
O Idema mobilizou equipes internas para vistoria técnica na área afetada e iniciou articulações com órgãos federais. Segundo o diretor-geral do órgão, Werner Farkatt, o Instituto acionou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que enviou uma equipe de plantão ao local.


O Projeto Cetáceos Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e o Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM) também foram acionados para monitorar possíveis impactos sobre a fauna marinha, especialmente a contaminação por óleo ou resíduos liberados pela embarcação.
O foco das equipes está na contenção de danos ambientais e na proteção da biodiversidade costeira, em cooperação com a Defesa Civil do Estado, a Prefeitura de Extremoz e demais instituições envolvidas.
Atuação da Marinha e do IBAMA
A Marinha do Brasil, por meio do 3º Distrito Naval, está conduzindo a investigação sobre as causas do naufrágio da embarcação Harmonia e sobre o conteúdo transportado. Segundo o Idema, o manifesto da embarcação não indicava presença de óleo ou derivados, o que levantou questionamentos sobre o conteúdo real da carga.

Por tratar-se de uma ocorrência em águas marítimas, a responsabilidade primária recai sobre o Governo Federal, especialmente o IBAMA, enquanto o Governo do Estado atua de forma complementar, colaborando com as ações de prevenção e resposta a possíveis contaminações.
Acompanhamento do Ministério Público Federal
O Ministério Público Federal (MPF) também acompanha a situação. O procurador Victor Mariz informou a instauração de procedimento para monitoramento do caso. Na noite da quarta-feira (18.jun.2025), uma reunião foi realizada na Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN), com a presença dos proprietários da embarcação, técnicos do IBAMA e representantes da CPRN.

Durante a reunião, foram discutidas e definidas as medidas que os responsáveis pelo navio devem adotar, tanto em relação à mitigação dos impactos ambientais quanto às obrigações ligadas à segurança da navegação.
Situação em monitoramento
O Idema reforça que segue articulado com os demais órgãos públicos para garantir respostas efetivas diante do encalhe do contêiner e do surgimento de manchas de óleo. As instituições envolvidas permanecem em campo para monitoramento constante da área.
O caso segue em análise e novas atualizações devem ser divulgadas conforme o avanço dos trabalhos técnicos e das apurações conduzidas pelas autoridades ambientais e marítimas.
Fotos: Divulgação/IDEMA
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