Rio Grande do Norte contribui com quase R$ 18 bilhões até agosto, segundo Impostômetro da ACSP
A arrecadação de impostos no Brasil atingiu R$ 2,5 trilhões em 2025 até as 10h do dia 20 de agosto, de acordo com dados do Impostômetro, ferramenta mantida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O montante representa o total de tributos pagos pelos contribuintes aos governos federal, estaduais e municipais, incluindo impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.
No mesmo período, o estado do Rio Grande do Norte registrou uma arrecadação de R$ 17,959 bilhões. Os números indicam um crescimento de 9,3% em relação ao mesmo intervalo de tempo em 2024, tanto no cenário nacional quanto estadual.
A marca de R$ 2,5 trilhões foi alcançada 23 dias antes do que no ano anterior. Segundo análise do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da própria ACSP, esse adiantamento está relacionado à manutenção de uma atividade econômica aquecida no país.

Outro fator apontado como relevante para o aumento da arrecadação é a inflação. O sistema tributário brasileiro é fortemente baseado em tributos sobre o consumo, o que significa que o aumento nos preços de bens e serviços também eleva o valor arrecadado em impostos.
Além disso, outras medidas fiscais implementadas ao longo do ano contribuíram para o crescimento da arrecadação. Entre elas estão:
- A tributação de sites de apostas, conhecidas como “bets”;
- O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
- O reajuste do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- A tributação de fundos exclusivos e investimentos em offshores;
- A reoneração gradual da folha de pagamentos.
Essas ações refletem uma estratégia do governo para ampliar a base de arrecadação e equilibrar as contas públicas, diante de um cenário econômico que ainda apresenta desafios.
O Impostômetro é uma ferramenta de transparência fiscal que permite acompanhar em tempo real o volume de tributos pagos pela população. Ele está disponível no site da ACSP e também em painéis físicos instalados em locais públicos, como na sede da entidade, no centro da capital paulista.
A arrecadação de impostos é um dos principais indicadores da atividade econômica e da capacidade do Estado de financiar políticas públicas. O crescimento observado em 2025 pode ter impactos diretos sobre investimentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura e segurança pública.
No entanto, especialistas alertam que o aumento da carga tributária sobre o consumo pode afetar de forma mais intensa as camadas de menor renda da população, uma vez que esses tributos incidem de forma proporcionalmente maior sobre o orçamento das famílias mais pobres.
A expectativa é que, até o fim do ano, a arrecadação continue em ritmo elevado, caso se mantenham os atuais níveis de consumo e inflação, além das medidas fiscais em vigor.
Foto: Tony Winston/Agência Brasília
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