Juliana Soares recebe Comenda Maria da Penha um mês após sobreviver a tentativa de feminicídio em Natal

Juliana Soares recebe Comenda Maria da Penha um mês após sobreviver a tentativa de feminicídio em Natal

Vítima de agressão com 61 socos fez discurso na Câmara Municipal e defendeu acolhimento e denúncia de casos de violência contra a mulher

A Câmara Municipal de Natal concedeu, nesta segunda-feira (25), a Comenda Maria da Penha a Juliana Soares, de 35 anos, um mês após ter sobrevivido a uma tentativa de feminicídio praticada pelo ex-namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos. A homenagem reconhece pessoas e instituições que atuam na defesa dos direitos das mulheres e no enfrentamento à violência de gênero.

O caso ganhou repercussão nacional após Juliana ser brutalmente agredida dentro de um elevador em um condomínio de Natal, no dia 26 de julho. O ataque, registrado por câmeras de segurança, durou cerca de dois minutos e resultou em 61 socos no rosto e na cabeça da vítima. A vítima sofreu múltiplas fraturas na face e precisou passar por cirurgias de reconstrução.

O agressor está preso e foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte por tentativa de feminicídio. A denúncia já foi aceita pela Justiça, e o processo segue em segredo.

Discurso na Câmara

Durante a solenidade, Juliana Soares fez um discurso no qual destacou a importância da rede de apoio que recebeu após as agressões e afirmou que pretende usar a visibilidade do caso para incentivar outras mulheres a denunciarem situações de violência.

“É uma honra ter sido homenageada e, maior ainda, de ter sobrevivido para contar a minha história. Se eu me levantei daquele elevador, depois de tudo que aconteceu comigo, outras mulheres também são capazes. Tenho certeza que Deus me usou como instrumento para dar voz a outras mulheres, para dar visibilidade”, declarou Juliana.

A vítima ressaltou ainda a necessidade de acolhimento às mulheres que denunciam abusos. “Gostaria de firmar um compromisso com vocês para que olhem com mais cuidado, quando aquela amiga chegar e comentar sobre alguma coisa que ocorreu, sem julgamento, sem apontamento. Gostaria muito que todas as mulheres tivessem acesso a esse acolhimento, porque ele é de total importância”, afirmou.

Agradecimentos

Juliana também agradeceu à família, aos amigos e às instituições que se mobilizaram em sua defesa. “Muito obrigada por todo mundo que me ajudou, que me acolheu, principalmente a minha rede de apoio, que é uma rede fantástica”, disse.

Canais de denúncia

A Câmara reforçou que casos de violência contra a mulher podem ser denunciados de forma anônima pelo telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher), além dos canais da Polícia Civil e Militar.

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal

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