Morre Mino Carta, fundador da CartaCapital 

Morre Mino Carta, fundador da CartaCapital

Jornalista morreu aos 91 anos em São Paulo; foi responsável pela criação de revistas como Veja, IstoÉ e CartaCapital

Morre Mino Carta, fundador da CartaCapital

O jornalista Mino Carta morreu nesta terça-feira (2), aos 91 anos, em São Paulo. Ele estava internado há duas semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês. A causa da morte não foi divulgada. A informação foi confirmada pela revista CartaCapital, da qual era fundador e diretor de redação.

Nascido em Gênova, na Itália, em 6 de setembro de 1933, Mino Carta imigrou com a família para o Brasil em agosto de 1946, estabelecendo-se em São Paulo. A trajetória profissional de Mino Carta é marcada pela criação e direção de veículos que se tornaram pilares do jornalismo brasileiro.

Em 1956, após abandonar o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, retornou à Itália, onde trabalhou na Gazetta del Popolo, em Turim. Atuou também como correspondente dos veículos brasileiros Diário de Notícias e Mundo Ilustrado.

De volta ao Brasil, aos 27 anos, foi convidado por Victor Civita para dirigir a revista Quatro Rodas, da recém-criada Editora Abril. A publicação era especializada no setor automobilístico e marcou o início da atuação de Mino Carta como criador de revistas de grande circulação.

Sob sua liderança, foram lançadas revistas como Veja (1968), IstoÉ (1976) e CartaCapital (1994). Também participou da fundação do Jornal da Tarde, em 1966, vinculado ao grupo Estado, reconhecido pela qualidade editorial e inovação gráfica.

Mino Carta também esteve à frente do Jornal da República, fundado em parceria com o jornalista Cláudio Abramo. O projeto foi encerrado por dificuldades financeiras.

A tradição jornalística de Mino Carta tem raízes familiares. Seu avô materno, Luigi Becherucci, dirigiu um jornal em Gênova, e seu pai, Giannino Carta, também atuava como jornalista. Mino representava a terceira geração da família na profissão.

Além do trabalho nas redações, Mino Carta se dedicou às artes, com publicações de livros de ficção e exposições de pintura. Embora não tenha concluído o ensino superior, recebeu o título de doutor honoris causa pela Faculdade Cásper Líbero.

Em 2006, foi reconhecido pela Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE) como o Jornalista Brasileiro de Maior Destaque no Ano.

Mino Carta foi casado com Maria Angélica Pressoto, falecida em 1996. Teve dois filhos: Gianni Carta, também jornalista, que morreu em 2019, vítima de câncer, e Manuela Carta, que sobrevive ao pai.

A morte de Mino Carta representa o encerramento de uma trajetória que influenciou profundamente o jornalismo brasileiro, especialmente na criação de veículos que marcaram gerações de profissionais da imprensa.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Reprodução/Redes Sociais

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