Sessão do Tribunal do Júri foi interrompida nesta sexta-feira (10); julgamento será reagendado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Julgamento do caso Pollyana Nataluska é suspenso após jurado sofrer infarto em Natal
O julgamento dos acusados pela morte da comerciante Pollyana Nataluska Costa de Medeiros, ocorrida em 2021, foi cancelado nesta sexta-feira (10) depois que um dos jurados sofreu um infarto durante a sessão. O incidente aconteceu durante a realização do júri popular no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), em Natal.
Com o ocorrido, todas as audiências realizadas desde a última quarta-feira (8) foram invalidadas. O Tribunal informou que o processo será reagendado, e uma nova data para o reinício do julgamento será definida.
Jurado passou mal durante a sessão
O jurado foi socorrido ainda nas dependências do TJRN por um médico do próprio tribunal, que realizou os primeiros atendimentos. Em seguida, ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança e, posteriormente, transferido para o Hospital do Coração, onde permanece internado.

Devido à intercorrência médica, a sessão precisou ser interrompida, e o julgamento suspenso. A legislação determina que, em casos de invalidação do conselho de sentença, o júri deve ser reiniciado, o que torna necessário o reagendamento do processo.
Acusados respondem por homicídio de comerciante em 2021
O júri analisava o assassinato de Pollyana Nataluska, que tinha 22 anos na época do crime. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) aponta a irmã da vítima, Paloma Nataluska Costa de Medeiros, como a mandante do homicídio.
Paloma não compareceu às sessões do julgamento, alegando problemas de saúde. Os outros cinco acusados acompanhavam o processo no banco dos réus.
O crime aconteceu no dia 18 de maio de 2021, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, Zona Norte de Natal. Segundo as investigações, Pollyana estava trabalhando em sua loja de materiais de construção quando foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta.
Um dos suspeitos entrou nos fundos do estabelecimento, rendeu a vítima e disparou um tiro na nuca da comerciante. Após o disparo, a dupla fugiu do local sem levar qualquer pertence da vítima.
Investigação aponta crime motivado por disputa de herança
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte concluiu que o assassinato foi uma execução premeditada. As investigações descartaram qualquer envolvimento de Pollyana com atividades ilícitas e indicaram que o crime teria sido motivado por uma disputa familiar por herança, avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões.
O patrimônio em disputa incluía casas, apartamentos, pontos comerciais, veículos e terrenos. Testemunhas ouvidas durante o inquérito relataram que a comerciante vinha recebendo ameaças de morte antes de ser assassinada.
O caso ganhou repercussão pela gravidade dos fatos e pelas circunstâncias familiares envolvidas. O Tribunal do Júri deverá definir uma nova data para o julgamento, que reunirá novamente os réus e o corpo de jurados.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Arquivo familiar/Cedida via Novo Notícias
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