Caso de Annalice Nascimento em Natal envolve gravidez silenciosa, suspeita de tumor e parto sob risco
Universitária descobre gravidez após convulsões e só soube que teve filho cinco dias após o parto
A estudante universitária Annalice Nascimento de Melo, de 21 anos, descobriu que havia dado à luz apenas cinco dias após o parto. O caso ocorreu em junho de 2025, em Natal, e envolveu uma gravidez silenciosa, sem sinais perceptíveis, além de complicações médicas que levaram os profissionais de saúde a suspeitarem inicialmente de tumores.
O filho de Annalice, Levi Emanuel, nasceu prematuro, com 34 semanas de gestação, pesando 1,2 kg e medindo 38 cm. A jovem não apresentava sintomas típicos de gravidez e seguia rotina intensa entre estágios, aulas, trabalho como assistente terapêutica, atividades acadêmicas e práticas esportivas, incluindo acrobacias circenses.
Primeiros sintomas e atendimento médico
No dia 16 de junho, Annalice sentiu uma forte dor de cabeça e foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pajuçara, na Zona Norte de Natal. Após receber medicação, voltou para casa. Durante a madrugada do dia 17, teve uma convulsão e foi novamente levada à UPA pelos pais. Em seguida, foi encaminhada ao Hospital Santa Catarina, também na Zona Norte, com pressão arterial elevada (19 por 9).
Os médicos inicialmente suspeitaram de tumor cerebral ou uterino, devido às convulsões e ao resultado positivo do exame Beta hCG. A hipótese de tumor raro no útero, que pode gerar falso positivo, foi descartada após exame de ultrassonografia que confirmou a gestação.
Parto sob risco
Durante o atendimento hospitalar, Annalice teve outras duas convulsões. Diante do quadro clínico, os médicos decidiram realizar o parto com a paciente amarrada e com os olhos vendados, para evitar movimentos bruscos ou choque psicológico caso ela acordasse durante o procedimento.
O parto ocorreu às 12h40 do dia 17 de junho. Às 18h, ao tentarem retirar a intubação, Annalice teve nova convulsão e apresentou sinais de falência renal, revertida com medicamentos. A jovem só recobrou a consciência plenamente no dia 21 de junho, quando acordou na UTI e foi informada por profissionais de saúde que havia dado à luz.

Gravidez sem sinais
A ausência de sinais visíveis de gravidez surpreendeu familiares e profissionais. Em fotos tiradas duas semanas antes do parto, não havia indícios de barriga gestacional. Annalice relatou que continuava com alimentação normal, consumo de energéticos, chá de camomila, prática de esportes e atividades que envolviam esforço físico intenso.
Segundo a jovem, ela não tinha conhecimento da gestação e associava as dores de cabeça ao excesso de atividades acadêmicas. Durante os atendimentos, estava inconsciente e só soube dos acontecimentos por relatos de familiares e profissionais.
Estado de saúde do bebê
Levi Emanuel nasceu com saúde fragilizada. Teve parada cardíaca, precisou de sonda, luz azul, tratamento para infecção no estômago, infecção urinária e anemia. Mãe e filho se conheceram no dia 26 de junho, após alta hospitalar de Annalice. Ambos permaneceram internados até o dia 1º de agosto, quando Levi recebeu alta e foi liberado para ir para casa.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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