Moraes determina preservação de provas da megaoperação policial no Rio

Moraes determina preservação de provas da megaoperação policial no Rio

Ministro do STF exige documentação integral de elementos da ação que resultou em 120 mortes

Moraes determina preservação de provas da megaoperação policial no Rio

O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste domingo a preservação e documentação rigorosa de todos os elementos materiais relacionados à megaoperação policial realizada na semana passada no Rio de Janeiro. A ação, voltada contra uma facção criminosa, resultou em pelo menos 120 mortes.

A decisão atende a pedido da Defensoria Pública da União e está vinculada à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, da qual Moraes é relator. O Ministério Público será responsável pelo controle e averiguação das provas. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), deverá ser intimado para garantir o cumprimento da decisão.

A operação policial, considerada uma das mais letais do estado, será objeto de uma série de audiências conduzidas por Moraes. O ministro estará no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 4, para reuniões com autoridades locais. Às 11h, está prevista audiência com o governador Cláudio Castro, e às 18h, com o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD).

Essas reuniões fazem parte da determinação emitida por Moraes na última quarta-feira, 29, que exige informações sobre o cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo STF para operações policiais no estado. As diretrizes visam à redução da letalidade policial e à preservação de vestígios em ações com vítimas fatais.

Moraes determina preservação de provas da megaoperação policial
Moraes determina preservação de provas da megaoperação policial

Além das audiências individuais, Moraes designou uma audiência conjunta para quarta-feira, 5, às 10h, na Sala da Primeira Turma do STF. Participarão representantes de diversos órgãos e entidades, entre eles:

  • Conselho Nacional de Direitos Humanos
  • Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
  • Instituto Anjos da Liberdade
  • Associação Direitos Humanos em Rede – Conectas

As entidades deverão indicar seus representantes à chefia de Gabinete do ministro até as 15h de terça-feira, 4.

A ADPF das Favelas, julgada pelo STF em abril deste ano, estabeleceu regras para operações policiais no Rio de Janeiro, com foco na preservação de provas e na realização de perícias independentes. Entre as medidas determinadas pela Corte estão:

  • Preservação de vestígios relacionados à materialidade das operações
  • Execução de perícia efetiva e independente
  • Comunicação prévia ao Ministério Público sobre ações em áreas sensíveis

Na ocasião, o governador Cláudio Castro criticou publicamente as medidas, classificando-as como “malditas” e atribuindo a elas o avanço do crime organizado no estado.

A decisão de Moraes reforça o papel do STF na fiscalização das ações de segurança pública e na garantia dos direitos fundamentais, especialmente em contextos de alta letalidade. A documentação dos elementos da operação será essencial para futuras análises jurídicas e institucionais sobre a atuação das forças de segurança no Rio de Janeiro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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