Setor exportador do Rio Grande do Norte avança em 2025 com expansão para países africanos e diversificação geográfica
O Rio Grande do Norte registrou, em 2025, a abertura de 11 novos mercados internacionais em comparação com 2024, segundo Nota Técnica divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC) nesta sexta-feira (5). O levantamento mostra que 37% das novas relações comerciais do estado se concentraram no continente africano, indicando um movimento de expansão geográfica da pauta exportadora potiguar.
Os dados utilizados pela equipe técnica da SEDEC têm como base a plataforma Comex Stat. De acordo com a análise, o RN passou a exportar para Geórgia, Mauritânia, Serra Leoa, Haiti, Cabo Verde, Ilhas Turcas e Caicos, Guiana, Ucrânia, Bangladesh, Suécia e Burundi em 2025. A ampliação representa presença mais abrangente em regiões onde o estado ainda não tinha participação significativa.

Entre os novos destinos, a Geórgia aparece com maior volume de transações, somando US$ 4,8 milhões em exportações, principalmente ligadas ao envio de outros açúcares de cana. O resultado indica desempenho do setor sucroenergético local em mercados que até então não figuravam na pauta regular de exportações potiguares.
A lista de produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os novos mercados inclui açúcares, caramelos e derivados; têxteis; frutas frescas ou processadas; querosene de aviação; peixes congelados (exceto filés); calçados de borracha ou plástico; outros sacos para embalagem; resíduos e outras ligas de aço; e outras preparações capilares. As categorias mostram a diversidade da produção potiguar presente nas relações comerciais internacionais recém-estabelecidas.
A Nota Técnica apresenta a distribuição continental dos novos mercados, organizada em cinco grupos: África, Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia. A concentração de 37% na África acompanha movimento nacional de aproximação econômica conduzido pelo Governo Federal, alinhado à atual política externa e às dinâmicas comerciais brasileiras.

Nos últimos anos, o Brasil intensificou suas relações econômicas com países africanos, em função da demanda crescente por commodities agrícolas, como açúcar, milho e carnes, além da ampliação do mercado consumidor no continente. Essa aproximação também tem sido estimulada por ações governamentais relacionadas ao comércio exterior.
Entre as iniciativas destacadas no cenário nacional estão programas coordenados pela ApexBrasil, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). Essas ações envolvem abertura de mercados, missões empresariais, acordos técnicos e medidas de fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais. O movimento cria ambiente favorável para que estados como o Rio Grande do Norte ampliem sua atuação no continente africano.
Na avaliação dos pesquisadores da SEDEC, o desempenho registrado em 2025 reflete ações combinadas entre empresas exportadoras, entidades do setor produtivo e iniciativas do Governo do Estado relacionadas à inteligência comercial, facilitação de negócios e consolidação das relações internacionais. Segundo a Nota Técnica, a entrada de novos países na pauta exportadora potiguar amplia a inserção do Rio Grande do Norte no comércio global e fortalece a presença do estado em diferentes regiões do mercado internacional.
Fotos: Sandro Menezes/Governo do RN
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