Perito aponta que mudar canteiro de obras da Ponte de Igapó encareceria e atrasaria restauração

Perito aponta que mudar canteiro de obras da Ponte de Igapó encareceria e atrasaria restauração

Relatório entregue à Justiça Federal aponta que modificar o local dos serviços tornaria a obra mais cara e demorada

Um relatório pericial elaborado por Vinicius Leite Silveira, especialista em engenharia, foi entregue à Justiça Federal, no contexto da avaliação da viabilidade de mudança do canteiro de obras na restauração da Ponte de Igapó. O relatório foi divulgado nesta terça-feira (9.abr.2024) pela imprensa local.

Desde 12 de setembro do ano anterior, a Ponte de Igapó se encontra interditada no sentido da Zona Norte para o Centro, com o sentido oposto operando em mão dupla.

Orçada em R$ 20,8 milhões e sob responsabilidade da empreiteira Jatobeton Engenharia, contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a restauração da ponte é uma obra de grande magnitude com previsão de término para o início do próximo ano.

A solicitação de análise pericial partiu da juíza Moniky Mayara Costa Fonseca, da 5ª Vara Federal, em resposta a uma ação protocolada pela Prefeitura do Natal, que busca a transferência do canteiro de obras para um novo local. A gestão liderada pelo prefeito Álvaro Dias (Republicanos) argumenta que a instalação do canteiro no atual local prejudica significativamente o trânsito na região.

Com base no relatório pericial, a juíza terá que deliberar sobre a viabilidade do pedido da prefeitura para a mudança do canteiro. Vale ressaltar que, em 25 de março, um pedido de liminar relacionado ao caso foi negado pela magistrada. O documento destaca a natureza preliminar da perícia realizada pelo engenheiro, ressaltando a necessidade de um estudo mais abrangente conduzido por múltiplos profissionais. Entretanto, o relatório aponta que a mudança do canteiro de obras resultaria em aumento nos custos e prazos da obra.

O perito sublinha que a alteração do local do canteiro impactaria todo o planejamento dos serviços, exigindo a construção de estruturas provisórias para garantir o acesso de operários e máquinas às áreas a serem restauradas, considerando o tráfego regular de veículos sobre a ponte.

Foto: Pedro Thiago/Ilustração/Arquivo

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