Governo do RN não prevê reajuste salarial para servidores em 2024

Governo do RN não prevê reajuste salarial para servidores em 2024

Secretário de Administração afirma que recomposições serão discutidas apenas em 2025, caso arrecadação se estabilize

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou nesta terça-feira (23.abr.2024) que não concederá reajustes ou recomposições salariais para servidores em 2024. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Administração, Pedro Lopes, em entrevista coletiva. A decisão coincide com o momento em que policiais civis e servidores da saúde estão em greve cobrando atualizações salariais.

Segundo Lopes, as recomposições salariais seguem sendo negociadas com as categorias, mas com ajustes somente em 2025 e caso a arrecadação de ICMS se comporte em patamares de quando a alíquota modal era de 20%. O Governo também não descarta eventuais judicializações para as greves em curso.

Negociações em andamento e acordo com militares

A proposta base do Governo para as categorias, segundo Lopes, é aplicar a inflação de 2022 em 2025 e dividir a inflação de 2023 em abril de 2025 e abril de 2026. Nesta semana, o Governo fechou acordo de recomposição salarial para policiais e bombeiros militares, com negociações em aberto ainda com a Polícia Civil, Saúde e servidores da administração Direta e Indireta. Com os militares, o acordo foi de 8%.

A avaliação do governo é que, fechadas as negociações, o aumento na folha de servidores por mês chegue a R$ 76 milhões. A expectativa ainda é fechar acordo com a Saúde nesta semana, enquanto que a Polícia Civil segue em aberto. A categoria da educação já teve reajuste discutido e implantado neste ano.

Judicialização e garantia de serviços públicos

O secretário Pedro Lopes disse que o movimento grevista é um “direito” do servidor, mas que o Estado não descarta ações na justiça visando a garantia dos serviços para a população.

“O governo tem o dever de manter os serviços públicos. Evidentemente que a judicialização não pode ser descartada, até porque para se manter os serviços funcionando se tiver que judicializar, vamos fazer. Mas estamos investindo no diálogo”, explicou.

O MPRN ingressou, nesta terça (23), com uma ação civil ordinária pedindo o encerramento imediato da greve dos servidores da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública (Sesed). O órgão pede também o restabelecimento urgente dos serviços de polícia judiciária de forma integral em todo o Estado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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