Decisão é aguardada após deliberação em assembleia; categoria ainda busca melhorias salariais apesar de avanços em benefícios
Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estão prestes a encerrar a greve iniciada em abril deste ano. A decisão depende do resultado do plebiscito que acontece até às 17h desta quinta-feira (20.jun.2024). Segundo o presidente do Adurn – Sindicato, Oswaldo Negrão, em entrevista a uma rádio de Natal, a expectativa é que a votação acompanhe a tendência observada na última assembleia realizada no dia 17 de junho, na qual a maioria dos docentes manifestou o desejo de encerrar a paralisação.
Embora os professores não tenham obtido o reajuste salarial para 2024, a correção do auxílio alimentação foi um ponto positivo que ajudou a aliviar as tensões. A greve foi motivada por uma série de fatores, incluindo a suspensão das negociações com o Governo Temer e a ausência de reajustes durante a gestão de Jair Bolsonaro. No primeiro ano do governo Lula, apesar de um reajuste de 9%, as perdas salariais acumuladas nos últimos anos não foram completamente compensadas.
O estopim para a greve foi a proposta do governo federal de 0% de reajuste para 2024, apresentada em dezembro de 2023. Isso levou à deflagração de greves em várias universidades do país. Na última rodada de negociações, foi proposta uma nova oferta de 9% de reajuste para janeiro de 2025 e 3,5% para 2026. Essa proposta inclui também aumentos nos degraus da carreira docente, que passarão de 4% para 5% em 2025 e 6% em 2026.
Apesar de divergências internas, espera-se que a categoria concorde com a proposta apresentada. Das 11 entidades que compõem o Proifes-Federação, sete apoiaram o acordo e quatro foram contra, incluindo o Adurn-Sindicato. No entanto, o posicionamento da Federação deve influenciar a aceitação da proposta pelos docentes.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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