Decisão de encerrar greve aconteceu por plebiscito; técnicos-administrativos e professores do IFRN e Ufersa mantêm paralisação
Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram encerrar a greve que durou 59 dias, voltando às atividades nesta quinta-feira (20.jun.2024). A decisão foi confirmada pelo Adurn-Sindicato, entidade que representa os docentes. O retorno às aulas foi decidido por meio de um plebiscito, onde 61,4% dos professores votaram pelo fim da paralisação, enquanto 36,5% optaram pela continuidade e 1,9% se absteve. No total, 1.760 professores participaram da votação.
O Adurn-Sindicato anunciou que haverá uma reunião com a reitoria da UFRN nesta sexta-feira (21.jun) para discutir o ajuste do calendário acadêmico, interrompido pela greve. A expectativa é que as aulas retornem na segunda-feira (24.jun), retomando as atividades para cerca de 52,7 mil estudantes de graduação, pós-graduação e cursos técnicos da universidade. A greve teve início no dia 22 de abril.
Segundo a diretoria do Adurn-Sindicato, a decisão de retomar as atividades foi influenciada por alguns avanços nas negociações com o governo federal. Entre os pontos positivos estão a assinatura do Termo de Acordo pelo PROIFES-Federação, garantindo um reajuste linear de 9% para 2025 e de 3,5% para 2026, a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), e o reajuste dos valores dos auxílios alimentação, creche e saúde. Além disso, houve o anúncio de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais.
Enquanto os professores retornam, os servidores técnico-administrativos da UFRN decidiram em assembleia geral na quarta-feira (19.jun) manter a greve, iniciada em 14 de março. De acordo com o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest RN), a categoria só encerrará a paralisação com garantias documentais de que seus pleitos serão atendidos.
No Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), tanto técnico-administrativos quanto docentes decidiram manter a greve, mesmo após aceitar parte da proposta do governo federal. A decisão foi tomada em assembleia nesta quinta-feira (20.jun) e, conforme o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissionais e Tecnológica (Sinasefe Seção Natal), a greve só terminará com a formalização da proposta pelo governo. O IFRN, que tem cerca de 38 mil estudantes, teve seu calendário suspenso no início da greve.
Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), tanto os técnico-administrativos quanto os professores também decidiram manter a greve após assembleias realizadas na quinta-feira (20.jun). A decisão foi baseada na necessidade de mais debates sobre pontos da proposta apresentada pelo governo.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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