Delegado acusado de participar da morte de Marielle Franco é transferido para presídio no RN

Delegado acusado de participar da morte de Marielle Franco é transferido para presídio no RN

Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, é transferido para penitenciária em Mossoró, enquanto audiência no STF sobre o caso continua

O delegado Rivaldo Barbosa, preso desde março deste ano, foi transferido na terça-feira (16.out.2024) para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, Barvosa está sendo apontado como o mentor intelectual do crime, supostamente a mando dos irmãos Brazão.

Rivaldo estava em prisão preventiva em Brasília, mas sua transferência foi uma decisão administrativa que surpreendeu sua defesa. A audiência de instrução do caso, no Supremo Tribunal Federal (STF), continua nesta quinta-feira (17), com a oitiva das testemunhas de defesa.

Segundo a Polícia Federal, o delegado tinha uma “relação indevida” com os irmãos Brazão, antes mesmo do assassinato. O relatório da PF aponta que Rivaldo teria tido um papel central no planejamento do crime, exercendo controle sobre os detalhes da execução. Entre as exigências feitas pelo delegado, de acordo com a investigação, estava a condição de que Marielle Franco não fosse morta ao sair ou entrar na Câmara dos Vereadores, com o objetivo de evitar maior repercussão federal do caso.

A transferência de Rivaldo para Mossoró gerou críticas por parte de seus advogados, que afirmam que a movimentação prejudica a defesa, especialmente por ocorrer durante o andamento das audiências e às vésperas do interrogatório dos réus. A defesa também destaca que, até o momento, teve acesso regular ao delegado, o que foi fundamental para a coleta de provas que refutam a acusação de envolvimento no crime.

A Polícia Federal acusa Rivaldo de ter desviado as investigações enquanto chefiava a Polícia Civil do Rio de Janeiro, afastando o foco dos verdadeiros mandantes do crime. Chiquinho Brazão, um dos mandantes, está preso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, enquanto seu irmão, Domingos Brazão, está detido no presídio federal de Porto Velho.

A defesa do delegado, no entanto, se mantém firme na negação das acusações, e alega que a transferência de Rivaldo é um ato injustificado. “A verdade está sendo restabelecida, e a movimentação dele para Mossoró é, no mínimo, questionável”, disse a defesa em nota oficial.

A delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do crime, foi um ponto chave para a investigação que incrimina Rivaldo. No entanto, os advogados do delegado continuam sustentando sua inocência e questionando a imparcialidade da investigação.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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