Roteiro estratégico de general preso expõe tentativas de influência na CPMI do 8 de janeiro

Roteiro estratégico de general preso expõe tentativas de influência na CPMI do 8 de janeiro

Documentos encontrados pela Polícia Federal revelam diretrizes para ataques ao governo, STF e Polícia Federal em meio à investigação sobre atos antidemocráticos

A Polícia Federal encontrou em um HD pertencente ao general Mário Fernandes um documento de três páginas que orientava parlamentares aliados durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. O conteúdo reforça acusações de que grupos conspiraram para manipular narrativas e desestabilizar o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, foi preso na terça-feira (19/11) por suspeita de planejar atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

O roteiro, datado de 16 de maio de 2023, foi elaborado dias antes da instalação da CPMI e trazia estratégias com “ideias-forças” para atacar o governo, o STF e a Polícia Federal. Entre as orientações, estavam iniciativas para desgastar o governo federal, solicitar o afastamento de ministros e articular o impeachment do presidente. Também constavam propostas de enfraquecimento do STF, pedindo o impeachment de ministros e qualificando as ações do tribunal como “ditadura da toga”.

Táticas de manipulação e desinformação

O documento sugeria que parlamentares acusassem o governo Lula de prevaricação, alegando que a gestão sabia das intenções golpistas, mas não agiu para impedir os atos de vandalismo em Brasília. Também orientava comparar as prisões de envolvidos nos atos ao Holocausto, associando o tratamento aos patriotas ao de judeus sob o regime nazista.

Em relação à Polícia Federal, o texto acusava a corporação de abusos e de não seguir o devido processo legal, especialmente nas prisões em massa de manifestantes. Além disso, listava autoridades que deveriam ser convocadas para depor, incluindo o ministro da Justiça Flávio Dino e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias.

Implicações do caso

As evidências recolhidas pela Polícia Federal reforçam suspeitas de articulações golpistas no pós-eleição de 2022. O documento encontrado no HD de Fernandes, somado aos depoimentos já colhidos, indica a tentativa deliberada de manipular a opinião pública e o processo investigativo por meio da CPMI. A repercussão do caso traz novos desafios ao governo, que busca consolidar a democracia em meio a tensões políticas e sociais.

Foto: EBC/Agência Brasil Oficial/Ilustração

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