Justiça do RN aceita denúncia contra 18 acusados de lavagem de dinheiro em esquema bilionário

Justiça do RN aceita denúncia contra 18 acusados de lavagem de dinheiro em esquema bilionário

Operação Argento revelou organização criminosa com atuação em quatro estados, ligada ao tráfico de drogas e à criação de empresas de fachada

A Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia do Ministério Público do RN (MPRN) contra 18 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento da operação Argento, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 14 de novembro, em parceria com a Receita Federal e a Polícia Militar.

Com operações realizadas simultaneamente no Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia e Pará, a investigação revelou um esquema sofisticado que utilizava empresas de fachada, operações imobiliárias e financeiras, além de atividades em postos de combustíveis e a compra de cavalos de raça, para disfarçar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Durante a operação, foi determinado o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões e a indisponibilidade de bens de 101 pessoas. Segundo a denúncia, os acusados atuavam em quatro núcleos: Pará, Calafiore, Valdeci e Depositantes, com funções específicas para ocultar a origem e movimentar os recursos ilícitos.

  • O núcleo Pará, liderado por Ronilso Sousa Rodrigues e Thelcia Kelly Coelho Oliveira, utilizava empresas fictícias para triangulações financeiras.
  • O núcleo Calafiore, chefiado por Sérgio Calafiore, se concentrava em operações imobiliárias e empresariais para integrar os valores ilícitos à economia formal.
  • O núcleo Valdeci, composto por familiares do líder Valdeci Alves dos Santos, realizava movimentações bancárias por meio de contas de terceiros.
  • O núcleo Depositantes envolvia pessoas de baixa renda, responsáveis por depósitos em espécie que disfarçavam a origem dos recursos.

Entre 2014 e 2024, as 468 contas bancárias investigadas movimentaram R$ 1,6 bilhão. As análises demonstraram uma estrutura organizada com funções bem definidas entre os integrantes, evidenciando o uso de mecanismos complexos para dificultar o rastreamento do dinheiro ilícito.

Foto: Divulgação/MPRN

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