MPF solicita vistoria urgente na obra da engorda da praia de Ponta Negra

MPF solicita vistoria urgente na obra da engorda da praia de Ponta Negra

Ministério Público requer vistoria do Idema e questiona responsabilidade do Ibama na fiscalização ambiental

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) uma vistoria in loco para avaliar alagamentos e outras questões relacionadas à obra de drenagem e aterro hidráulico (engorda) da Praia de Ponta Negra, em Natal.

A solicitação, feita por meio de ofício expedido nesta quarta-feira (15.jan.2025), dá ao Idema o prazo de dez dias para apresentar uma resposta. O pedido ocorre após relatos de alagamento em trechos da obra devido a fortes chuvas na região.

Laudo técnico indica problemas na obra

Em outubro de 2024, a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea) do MPF elaborou um laudo técnico apontando problemas na obra. Segundo o documento, a drenagem de águas pluviais, essencial para o aterro hidráulico, apresenta falhas que precisam ser corrigidas.

Entre as questões levantadas está a ausência de adequações na drenagem do trecho entre o Morro do Careca e o dissipador de energia mais próximo, área de notável relevância devido à erosão costeira e ao status de cartão-postal da região.

O laudo também revelou divergências nas dimensões dos dissipadores existentes, que precisam ser ajustadas para garantir a eficácia do projeto.

Falta de fiscalização

De acordo com o MPF, a fiscalização da obra deveria ser responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez que a área pertence à União. Entretanto, por meio de um acordo de cooperação técnica firmado em 2023, o Ibama transferiu ao Idema a competência de fiscalizar e licenciar a dragagem.

A insuficiência de recursos técnicos do Idema e decisões judiciais de órgãos considerados não competentes comprometeram o acompanhamento das obras. Atualmente, a engorda é realizada com areia proveniente de uma jazida que não recebeu o devido licenciamento ambiental.

Ação civil pública

Em outubro de 2024, o MPF ajuizou uma ação civil pública solicitando que a fiscalização volte a ser conduzida pelo Ibama. No entanto, até o momento, o pedido de liminar não foi analisado pela Justiça Federal.

Enquanto isso, o Idema declarou que o trecho de retirada de sedimentos utilizado atualmente não integra a área prevista no acordo de cooperação. Com essa indefinição, as obras seguem, ampliando os possíveis danos à fauna e à flora marinha.

Prazos e próximos passos

O MPF destacou que a vistoria solicitada ao Idema é fundamental para um acompanhamento imediato da obra. O órgão aguarda a resposta dentro do prazo estipulado e segue monitorando a situação até que a Justiça defina a quem cabe a responsabilidade de fiscalização.

Foto: Emanuel Amaral/Abraão Júnior/Prefeitura de Natal / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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