Mostra fotográfica “Encantos do Invisível” fica em cartaz até 30 de setembro no Mercado de Petrópolis, em Natal.
A partir desta sexta-feira, 22 de agosto, o público potiguar poderá visitar a exposição “Encantos do Invisível”, dos fotógrafos Alexandre Santos e Fernando Pereira, na Galeria João Maria Alves, localizada no tradicional Mercado de Petrópolis, em Natal. A mostra, que segue em cartaz até o dia 30 de setembro, propõe uma experiência visual instigante, ancorada no fenômeno da pareidolia — termo da psicologia que designa a tendência humana de reconhecer figuras familiares, como rostos ou animais, em padrões aleatórios.
Com um olhar apurado e uma abordagem poética, os fotógrafos transformam elementos comuns da paisagem — pedras, troncos, manchas de umidade ou formações naturais e até pinturas em portais para o imaginário. Em suas imagens, que revela como espelho simbólico da subjetividade: um contorno de pedra sugere a silhueta de um camelo, um lodo sobre a parede evoca a imagem de Nossa Senhora, e o relevo de um tronco assume traços humanos. O acaso, a intuição e a sensibilidade visual convergem para dar forma ao que antes era invisível.
Mais do que simples registros fotográficos, as obras de Alexandre e Fernando operam como atos de revelação. Há nelas uma tensão entre o documental e o onírico, o real e o simbólico. Um convite à suspensão do olhar cotidiano e à abertura para novas formas de ver o mundo.

“Não é apenas técnica; é sensibilidade. Não é apenas ver; é permitir-se ser visto, refletido em cada forma revelada”, afirmam os autores.
A mostra conta ainda com a participação especial do artista Carlos Eufrásio, somando camadas visuais e sensoriais à proposta expositiva. A produção é assinada por Meysa Medeiros, com apoio Instituto ZOON e realização do Ponto de Cultura Coletivo daFOTO!, iniciativa voltada à valorização da fotografia como linguagem artística e instrumento de reflexão social.“Encantos do Invisível” propõe mais que uma exposição: é uma experiência de redescoberta da percepção, onde o espectador torna-se coautor, completando o sentido das imagens a partir de suas próprias referências, emoções e memórias. Uma exposição que, ao revelar o invisível, revela também algo de nós mesmos.
Foto: Alexandre Santos/Fernando Pereira/Divulgação
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