Vanessa Maria da Silva é suspeita de chefiar esquema familiar de produção ilegal no ABC Paulista; seis mortes são investigadas pela Polícia Civil
Polícia prende mulher apontada como líder de fábrica clandestina de bebidas com metanol em São Paulo
A Polícia Civil prendeu Vanessa Maria da Silva, apontada como líder de uma fábrica clandestina de bebidas com metanol que operava no ABC Paulista. A prisão ocorreu na última semana e faz parte das investigações sobre a adulteração de bebidas alcoólicas que resultou em seis mortes em São Paulo.
Segundo as autoridades, Vanessa é considerada figura central do esquema criminoso e, de acordo com os investigadores, não demonstrou arrependimento durante o interrogatório. A defesa da suspeita não foi localizada até o momento.
Fábrica clandestina funcionava mesmo após mortes e intensificação da fiscalização
A fábrica ilegal, localizada em São Bernardo do Campo, continuava em funcionamento mesmo após o aumento dos casos de contaminação por metanol e das ações de fiscalização da polícia e de órgãos de vigilância sanitária.
De acordo com os investigadores, ao menos duas das vítimas fatais consumiram bebidas produzidas no local. O delegado-geral de Polícia, Artur Dian, afirmou que o comportamento da suspeita durante o depoimento chamou a atenção das equipes responsáveis pelo caso.
“Segundo relato da doutora Isa (Isa Lea Abramavicus, da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública) e da equipe, a Vanessa é uma pessoa muito fria nas palavras. Ela não mostra arrependimento”, declarou o delegado.
Polícia identifica esquema familiar na fabricação ilegal de bebidas
As investigações apontam que o grupo criminoso atuava em esquema familiar, com a participação de parentes próximos da suspeita.
O ex-marido de Vanessa foi ouvido pela polícia e liberado após prestar depoimento. Já o pai e o cunhado da investigada permanecem presos preventivamente.

A polícia informou que o grupo era responsável por produzir e distribuir bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica, proibida para consumo humano. O produto era comercializado como se fosse bebida regular, o que levou à contaminação de várias pessoas em diferentes municípios da Grande São Paulo.
Investigação segue para identificar outros envolvidos
A Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública da Polícia Civil continua apurando a origem das matérias-primas utilizadas na produção e a rede de distribuição das bebidas.
Os agentes buscam identificar outros possíveis envolvidos no esquema e mapear os pontos de venda que comercializavam os produtos ilegais.
As autoridades reforçaram a recomendação de que a população evite consumir bebidas de origem desconhecida, especialmente quando vendidas sem rótulo, selo fiscal ou procedência comprovada.
Fotos: Valter Campanato/Agência Brasil
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