Avanço é impulsionado por políticas estaduais de incentivo ao comércio exterior e pela expansão da fruticultura potiguar
Comércio entre Rio Grande do Norte e Estados Unidos cresce 459% em um ano
O Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 459% no saldo da balança comercial com os Estados Unidos entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
O superávit potiguar passou de US$ 683,2 mil em 2024 para US$ 3,8 milhões em 2025, resultado das ações de estímulo ao comércio exterior implementadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC).
O desempenho reforça a importância do Rio Grande do Norte na pauta exportadora nacional e demonstra os efeitos das políticas estaduais de fortalecimento produtivo, incentivos fiscais e ampliação de mercados externos, mesmo diante de um cenário global marcado por restrições comerciais e variação tarifária.
Exportações potiguares em alta e fruticultura se destaca
As exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos apresentaram forte desempenho em outubro de 2025, impulsionadas principalmente por produtos de alto valor agregado e do setor agroindustrial.
Entre os principais itens exportados estão:
- Outros açúcares de cana — US$ 2,9 milhões;
- Caramelos e confeitos — US$ 688,2 mil;
- Outras pedras de cantaria — US$ 535,5 mil;
- Mangas frescas — US$ 504 mil;
- Sal marinho — US$ 354 mil;
- Produtos de origem animal impróprios para alimentação humana — US$ 328,9 mil.
Esses resultados evidenciam o fortalecimento de setores estratégicos da economia potiguar, com destaque para a fruticultura irrigada e a indústria de transformação, que continuam a impulsionar a presença do Estado em mercados internacionais.
Importações estáveis e foco em insumos industriais
As importações potiguares provenientes dos Estados Unidos somaram US$ 1,5 milhão no mesmo período, concentradas em produtos industriais e insumos produtivos utilizados por empresas locais.
Os principais itens importados foram:
- Coque de petróleo — US$ 1,5 milhão;
- Outras preparações catalíticas — US$ 85,3 mil;
- Tintas de outros polímeros sintéticos — US$ 63,7 mil;
- Polietileno de densidade inferior a 0,94 — US$ 49,5 mil;
- Copolímero de etileno — US$ 43,8 mil.
Esses dados indicam um movimento de reposição de matérias-primas e manutenção das cadeias produtivas industriais, essenciais para sustentar o ritmo de crescimento da produção local.
Políticas públicas impulsionam o comércio exterior potiguar
O crescimento das transações comerciais do Rio Grande do Norte com os Estados Unidos reflete um conjunto de medidas adotadas pelo Governo Estadual para aumentar a competitividade das empresas locais e reduzir os impactos das variações do mercado internacional.

Entre as principais iniciativas estão:
Decreto nº 34.771/2025: ampliou a desoneração do ICMS para empresas beneficiadas pelo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI);
Decreto nº 34.967/2025: regulamentou o programa “RN+ Exportação”, voltado a estimular micro, pequenas e médias empresas a expandirem suas exportações e diversificarem seus destinos internacionais.
Essas medidas fazem parte de uma estratégia de cooperação entre os governos estadual e federal, que inclui articulações diplomáticas, parcerias com o setor produtivo e novas regulamentações para facilitar a inserção do Rio Grande do Norte no comércio global.
O avanço ocorre mesmo diante de barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, conhecidas como “tarifaço norte-americano”, que têm afetado o comércio exterior de diversos países.
Panorama econômico e perspectivas
Os números positivos da balança comercial reforçam o posicionamento do Rio Grande do Norte como um dos principais exportadores do Nordeste, com destaque crescente nos segmentos de fruticultura, açúcar, sal marinho e indústria de transformação.
As políticas de diversificação produtiva e de incentivo à exportação mantêm o Estado como um dos polos mais dinâmicos da região, fortalecendo sua integração com o mercado norte-americano e ampliando sua participação no comércio internacional.
Foto: Sandro Menezes/Governo do RN
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