Plano pode envolver venda de avião e outros ativos
Com uma dívida de R$ 43 bilhões, a Americanas apresentou um plano de recuperação à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O processo é essencial para que a varejista possa renegociar suas dívidas com mais de 16 mil credores e evitar uma falência. O plano de pagamento das dívidas foi apresentado na segunda-feira (20.mar.2023), prazo final estipulado pela justiça. Agora, ele deverá ser discutido com os credores e as condições poderão ser alteradas durante as conversas.
A quitação dos débitos envolve o pagamento de R$ 10 bilhões por parte dos empresários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, além da venda de passivos e outras operações. Os sócios possuem um patrimônio de mais de R$ 160 bilhões.
Para abater a dívida, a Americanas poderá vender ativos, como um avião no valor de R$ 40 milhões, e unidades de negócios, como a Hortifruti Natural da Terra, além de participações em outras empresas. No total, esse tipo de operação geraria R$ 2 bilhões.
A emissão de títulos de dívida (debêntures simples) de até R$ 5,9 bilhões e a conversão dessas dívidas em ações também podem fazer parte do plano. Pequenos credores e trabalhadores devem ser pagos em 30 dias, enquanto bancos, fornecedores e outros grandes credores podem receber até março de 2043.
Com cerca de 40 mil funcionários e 3,6 mil lojas, uma possível falência da Americanas afetaria 3.600 credores, entre bancos e fornecedores, além de gerar passivos trabalhistas. A recuperação judicial da Americanas é uma das maiores já feitas no Brasil.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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