‘Auto-Retrato’: Bailarina e coreógrafa potiguar Erika Rosendo volta aos palcos do RN

'Auto-Retrato': Bailarina e coreógrafa potiguar Erika Rosendo volta aos palcos do RN

Obra será apresentada nas cidades de Martins, Guamaré e Natal, em projeto contemplado no Prêmio Funarte de Circulação e Difusão da Dança 2022, para execução em 2023

“A boa filha à casa torna”, é o que a bailarina e coreógrafa potiguar Erika Rosendo prova com a chegada, no Rio Grande do Norte, da circulação nacional do espetáculo de dança solo “Auto-Retrato”, projeto aprovado no Prêmio Funarte de Circulação e Difusão na
área da Dança 2022, para execução em 2023.

E, na passagem pelo estado, leva o espetáculo para as cidades de Martins (14/06), Guamaré (16/06) e Natal (18/06), onde será realizada a terceira edição da oficina gratuita de dança, que também integra o projeto, no dia 19 de junho, das 10 às 12 horas, na Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (Rua Chile, 106 – Ribeira). Em abril, “Auto-Retrato” passou por Paraopeba, Sete Lagos e Belo Horizonte, em Minas Gerais; e em maio, por Garuva, Blumenau, Florianópolis e Joinville, em Santa Catarina.

Todas as apresentações do espetáculo “Auto-Retrato” (grafado assim mesmo, com hífen, usando de licença poética, para não cair na fácil dedução de uma autodescrição), com concepção e direção assinadas por Jussara Xavier (Florianópolis/SC), têm entrada gratuita e classificação Livre para todos os públicos.

Nascida em Natal, foi na capital potiguar que Erika Rosendo deus seus primeiros passos no mundo da Dança, aos 4 anos de idade. Formou-se bailarina pela Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão, ingressando na Cia. de Dança do Teatro Alberto Maranhão de 2001 a 2006. Também atuou como professora na EDTAM.

Também se formou em Coreografia pelo Projeto Arte Ação. Em 2007, mudou-se para Joinville (SC) onde iniciou sua projeção, formando-se no curso técnico-profissionalizante da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, espaço onde mais tarde atuou como professora e coreógrafa. Ainda em Joinville, integrou o elenco da AMA Cia. de Dança e iniciou carreira solo como intérprete-criadora, dançando, inicialmente, coreografias de curta duração em festivais competitivos (o que lhe rendeu diversos primeiros lugares e o prêmio de melhor bailarina no 26º Festival de Dança de Joinville/2008). Em Minas Gerais, a partir de 2014 dançou na Companhia Primeiro Ato e atuou como professora da Corpo Escola de Dança além de trabalhar como assistente de direção na SESC Cia. de Dança e na Cia. Jovem de Paraopeba. Depois pelas “Gerais”, Erika retornou para Santa Catarina no início de 2021.

Erika escolheu encerrar a turnê nacional justamente onde ela ensaiou seus primeiros passos, no início dos anos de 1990. Três décadas depois, retorna como artista consagrada e completa, multipremiada e consolidada como intérprete-criadora da sua própria obra.

AUTO-RETRATO

O espetáculo “Auto-Retrato” tem o como proposta um jogo autorreflexivo, onde o corpo busca uma percepção e leitura de si, a recuperação e construção de uma identidade móvel e movente, em que a artista combina reconhecimento e estranhamento, lançando possibilidades de presença num modo pessoal chamado dança.

Criado em 2008, ao longo dos anos o espetáculo foi amadurecendo junto com a intérprete, sofrendo, como ela mesma sofreu, as transformações decorrentes de um tempo que passa e deixa suas marcas, no corpo e na alma, e, muito mais, na própria percepção de si mesma.

“O espetáculo ‘Auto-Retrato’ tem uma grande relevância na minha vida e carreira artística. Foi minha primeira obra criada, pensada com uma estrutura de espetáculo de dança contemporânea”, conta Erika, destacando que quem provocou tudo isso foi Jussara Xavier, diretora do trabalho, que, na época, a encheu de perguntas para as quais ela foi atrás das respostas.

“Quando ‘Auto-retrato’ foi criado, em 2008, eu ainda era uma menina, com muitos desejos de mundo, com um corpo mais jovem, recém chegada ao Sul, me adaptando à temperatura do lugar, procurando o sentido da vida, as percepções de mim mesma”, lembra a intérprete-criadora. E foi nesse processo investigativo e solitário e tendo o corpo como um veículo de expressão que surgiu essa obra “dançada, singela, colorida, honesta expressando o meu autorretrato, com a bagagem de uma vida de apenas 22 anos”, diz Erika. De lá para cá, são 15 anos de atualizações e descobertas incorporadas ao espetáculo.

E ter seu projeto de circulação contemplado pelo Prêmio Funarte também acontece em um momento particular, mas muito significativo na vida da artista, que completa duas décadas de atuação na dança. “É muito especial pra mim, também poder aproveitar o momento da Circulação do espetáculo “Auto-retrato” para comemorar e celebrar meus 20 anos de fazer artístico, atuando no cenário da dança, apresentando-me pelos estados de Minas, onde nutro as minhas relações afetivas e profissionais; Santa Catarina, onde atuo e vivo o meu cotidiano; e Rio Grande do Norte, onde nasci e construí o meu conjunto de valores, lugares que me fazem ser quem eu sou”, destaca.

“Neste ‘Auto-retrato’ 2023, passado, presente e futuro se atravessam, comemoro e compartilho vida e sigo acreditando na arte como o caminho da transformação humana”, comemora Erika Rosendo.

OFICINA

Além dos espetáculos, o projeto também propõe três edições da oficina “Eu-corpo em estados de dança”, ministrada por Erika Rosendo e Jussara Xavier, com 20 vagas disponíveis em cada local, para pessoas com ou sem experiência em dança. Em Minas Gerais, a oficina aconteceu em Sete Lagoas, no dia 14 de abril, para crianças de 6 a 10 anos.

Em Santa Catarina, foi realizada no dia 05 de abril, com público-alvo composto por idosos comais de 60 anos. No Rio Grande do Norte, será ministrada no dia 19 de junho, das 10 às 12 horas, na Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (Rua Chile, 106 – Ribeira), tendo como público-alvo pessoas com deficiência. A oficina propõe o desenvolvimento de um processo de experimentação em dança, com foco no corpo em seus processos de percepção e transformação. Parte da premissa de que cada corpo é autor de sua dança, e que cada dança conserva e destrói atitudes, comportamentos, pensamentos e sensações individuais.

O trabalho técnico e criativo compõe-se a partir de/com dispositivos de descoberta e exploração do corpo em relação consigo, com o outro e com o ambiente. Um corpo que se revela e se compõe em dança. As oficinas, assim como os espetáculos, são gratuitas.

FICHA TÉCNICA

Concepção e Direção: Jussara Xavier
Intérprete-criadora: Erika Rosendo
Obras e coreógrafos citados: “Tchibum” (2014) e “Me dê sua mão” (2020), de Alan Keller;
“Éramos 5 num 5×5 na Figueiredo Magalhães” (2005) e “Não quero falar sobre isso agora” (2006), de Clébio Oliveira; e “Em solo” (2006), de Erika Rosendo.
Produção executiva: Erika Rosendo e Jussara Xavier
Produção RN: Celso Filho
Designer: Gabriel Figueiredo
Assessoria de imprensa: Serginho de Almeida
Duração aproximada: 45 min.
Classificação: Livre para todos os públicos
Realização: Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança – 2022.

SERVIÇO / ESPETÁCULO

  • Martins
    Quando: 14/06 – Quarta-feira
    Onde: Espaço Casa de Cultura Popular de Martins – Palácio “José Antônio Pinheiro Câmara” (Rua
    Desembargador Silvério, nº 200 – Centro).
    Horário: 19h
  • Guamaré
    Quando: 16/06 – Sexta -feira
    Onde: Centro de Convenções “Vicente de Brito Miranda” de Guamaré (Rua Aratua, Guamaré)
    Horário: 19h30
  • Natal
    Quando: 18/06 – Domingo
    Onde: Casa da Ribeira (Rua Frei Miguelinho, 52 – Ribeira).
    Horário: 18h
    Ingressos: Retirada de ingressos gratuitos no Sympla a partir do dia 12 de junho –
    https://www.sympla.com.br/evento/auto-retrato-natal/2018752

CRONOGRAMA DA OFICINAS DE DANÇA “EU-CORPO EM ESTADOS DE DANÇA”

Realização: Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança – 2022.
Junho: Rio Grande do Norte
Cidade: Natal
Onde: Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (Rua Chile, 106 – Ribeira)
Quando: Dia 19 de junho – Segunda-feira
Horário: 10h às 12h
Carga horária: 2 horas
Vagas: 20
Público-alvo: Pessoas com deficiência, com ou sem experiência em dança.
Quanto: Gratuita

Foto: Cris Santana/Divulgação

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