PGR denuncia Bolsonaro ao STF por tentativa de golpe de Estado

PGR denuncia Bolsonaro ao STF por tentativa de golpe de Estado

Ex-presidente e aliados são acusados de crimes contra o Estado Democrático de Direito

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18.fev.2025), o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 2022. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal.

Crimes imputados a Bolsonaro

O ex-presidente foi denunciado pelos seguintes crimes:

  • Golpe de Estado
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Organização criminosa

Além de Bolsonaro, a denúncia também inclui outras figuras ligadas ao seu governo e aliados políticos. Entre os denunciados estão:

  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
  • Alexandre Rodrigues Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal.
  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
  • Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça.
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa.

Relatório da Polícia Federal embasou denúncia

A PGR utilizou como base um relatório da Polícia Federal (PF), que em novembro de 2023 concluiu pelo indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas. Entre os indiciados estavam:

  • Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.
  • Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso.
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal.
  • Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

Em dezembro, a PF divulgou um relatório complementar que elevou para 40 o número total de indiciados na investigação.

Estruturação dos núcleos investigados

De acordo com a Polícia Federal, as ações golpistas foram organizadas em seis núcleos:

  • Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: responsável por disseminar desinformação sobre as urnas eletrônicas para desacreditar o processo eleitoral.
  • Núcleo Responsável por Incitar Militares: promovia ataques contra militares que resistiam às investidas golpistas.
  • Núcleo Jurídico: elaborava argumentos jurídicos e minutas de decretos com teor golpista, como o documento encontrado na residência de Anderson Torres.
  • Núcleo Operacional de Apoio: atuava na logística das manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização e financiamento de grupos como os “kids pretos” em Brasília.
  • Núcleo de Inteligência Paralela: coletava informações estratégicas, incluindo a localização de autoridades como o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
  • Núcleo Operacional de Medidas Coercitivas: pretendia anular opositores ao golpe, com previsão de captura ou até assassinato de figuras políticas como Lula, Alckmin e Moraes.

Penas previstas para os crimes

Os denunciados podem responder pelos seguintes crimes:

  • Golpe de Estado: pena de 4 a 12 anos de prisão.
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: pena de 4 a 8 anos de prisão.
  • Organização criminosa: pena de 3 a 8 anos de prisão.

Além desta denúncia, Bolsonaro já foi indiciado pela Polícia Federal em outras investigações, incluindo o caso das joias sauditas e a suposta fraude no cartão de vacinação.

Foto: Alan Santos/PR/Ilustração/Arquivo

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