Deputada federal teve prisão determinada por Alexandre de Moraes e anunciou que deixou o país
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (4.jun.2025) a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A medida foi tomada após a parlamentar anunciar que deixou o país. A decisão inclui também o bloqueio dos passaportes, inclusive o diplomático, e o bloqueio do salário parlamentar e de outras verbas de gabinete pagas pela Câmara dos Deputados.
O valor das verbas bloqueadas será destinado ao pagamento das multas determinadas na condenação de Zambelli por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar foi condenada por envolvimento direto em um ataque hacker ao sistema do CNJ, e as medidas cautelares foram adotadas com base na gravidade dos fatos e no risco de fuga.
Saída do país motivou ordem de prisão
A decisão de Moraes foi fundamentada no fato de que Carla Zambelli comunicou, publicamente, que havia deixado o território brasileiro. A movimentação, segundo o ministro, configura tentativa de descumprir determinações judiciais. O Supremo entendeu que a fuga representa um risco à aplicação da lei penal, justificando a prisão preventiva.

Ainda segundo a decisão, o STF determinou que autoridades internacionais sejam notificadas, por meio da Interpol, para localização e eventual extradição da parlamentar. As ações buscam garantir o cumprimento da pena e o andamento dos processos em curso.
Bloqueio de recursos e medidas adicionais
Além da prisão, Moraes ordenou o bloqueio do passaporte comum e do diplomático da parlamentar. Também foram congeladas todas as verbas pagas pela Câmara dos Deputados em nome de Carla Zambelli, incluindo salário, cotas parlamentares e auxílios. Os valores serão utilizados para quitar as multas estabelecidas na sentença do caso do CNJ, que ainda não foram pagas.

A decisão foi comunicada oficialmente à presidência da Câmara, ao Ministério das Relações Exteriores, à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR), que poderão tomar providências adicionais.
A assessoria de Carla Zambelli ainda não se manifestou sobre a ordem de prisão e demais determinações do STF.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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