Professor da Estácio orienta sobre os direitos e cuidados que os consumidores devem ter durante a data; 40% dos consumidores aguardam data na expectativa de preços baixos
Nesta sexta-feira (25), a Black Friday – uma das datas mais esperadas no calendário do comércio – aquece as vendas de comerciantes de diversos nichos de mercado. De acordo com levantamento da NielsenIQ/Ebit, 40% dos consumidores brasileiros estão na expectativa de encontrar preços mais baixos nesta época de promoções, importada dos Estados Unidos que já está virando tradição por aqui também. Além disso, a intenção de compra de produtos para a família, visando o Natal subiu 33% este ano, um crescimento de 31% em comparação com a data no ano passado.
Nesta enxurrada de descontos, quem quer aproveitar a oportunidade e antecipar as compras de Natal precisa ter cuidado com alguns detalhes para não cair em ciladas, especialmente online. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima que a data, neste ano, deve movimentar R$6,05 bilhões no comércio eletrônico, com o número de pedidos chegando a 8,3 milhões. Neste cenário, o docente do curso de Direito da Estácio, Ricardo Oliveira, dá algumas dicas.
Segundo o professor, planejamento é o segredo para conseguir aproveitar esse período sem cair nos golpes. “O ideal é começar a comparar os preços pelo menos um mês antes da data. Este é o momento de fazer o planejamento e começar a pesquisar os valores dos produtos, para não correr o risco de ser surpreendido com promoções enganosas”, orienta.
Ricardo conta que o primeiro passo é fazer uma lista de todos os itens que está procurando neste período. Depois, separe estes produtos por prioridade e mantenha na lista apenas aqueles que realmente são importantes. Posteriormente, monitore os preços. “Antes de fazer qualquer compra online ou presencial, é fundamental ter certeza de que a loja é segura e de que o site é verdadeiro. E por fim, para realmente aproveitar e não se enrolar depois, é preciso olhar para as suas finanças e entender o quanto você pode – e precisa, de fato – gastar”, adverte o advogado.
O docente da Estácio reforça que todos os direitos do consumidor são válidos durante a Black Friday, assim como em qualquer outra promoção. “Caso as empresas não cumpram com os direitos e deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor, procure ajuda. Algumas ferramentas e órgãos podem ser acionados com o intuito de solucionar os impasses. Essa etapa é muito importante, já que pode resolver a reclamação e evitar ações judiciais, que custam mais tempo e dinheiro”, orienta o especialista.
A orientação é que a reclamação seja aberta no Procon, caso o comprador não consiga resolver o problema diretamente com o estabelecimento comercial. Para isso, é preciso entrar no site do órgão do seu Estado para registrar a ocorrência. “Outro canal é o portal oficial do governo (consumidor.gov.br). Criado recentemente, ele tem como objetivo encontrar soluções alternativas para conflitos entre consumidores e empresas em um ambiente totalmente público”, finaliza Ricardo Oliveira.
Segue 10 dicas para aproveitar a Black Friday com organização e segurança:
- Faça uma lista do que você quer.
- Pesquise sobre as lojas que participarão da Black Friday.
- Compare preços com antecedência.
- Fique atento ao valor do frete e ao prazo de entrega.
- Certifique-se de que o site onde está fazendo as compras é real e tem uma boa reputação.
- Prefira pagar no cartão de crédito, e se possível, use um cartão virtual.
- Preste atenção nas condições de troca e garantia dos produtos.
- Utilize uma conexão segura para fazer compras.
- Fuja de links suspeitos.
- Salve todas as informações de sua compra.
Foto: Pexels
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