Negociação com credores já está pré-acordada; família Klein ainda detém participação na empresa
A Casas Bahia, tradicional varejista brasileira fundada em 1952, entrou com pedido de recuperação extrajudicial no domingo (28.abr.2024) para renegociar dívidas que somam R$ 4,1 bilhões. A medida, que não envolve a Justiça, visa um acordo entre a empresa e seus credores para reestruturar os débitos e garantir a continuidade das operações.
Embora tenha uma longa história com a família fundadora Klein, a Casas Bahia atualmente é considerada uma empresa de capital pulverizado, com a família detendo cerca de 24% das ações. Entre os principais credores da companhia estão o Bradesco, com R$ 953 milhões em debêntures, e o Banco do Brasil, com R$ 1,272 bilhão em cédulas de crédito bancário, juntos representando 54,5% do total da dívida renegociada.
O plano de recuperação extrajudicial já foi pré-acordado com esses credores e prevê a reestruturação da dívida em três séries de debêntures, com prazos de pagamento estendidos e redução de juros. A primeira série terá carência de juros de 24 meses e carência de principal de 30 meses, enquanto as demais séries terão prazos de pagamento mais longos.
Apesar da renegociação da dívida, a família Klein ainda mantém participação na Casas Bahia, com Raphael Klein, neto do fundador Samuel Klein, ocupando um assento no conselho de administração. A empresa, especializada em eletrodomésticos e móveis, possui uma extensa rede de lojas físicas em todo o Brasil e também atua no e-commerce.
Foto: Divulgação/Via Varejo
Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.