Ana Paula Henkel consegue direito de resposta contra Globo e Casagrande

Ana Paula Henkel

A justiça concedeu direito de resposta a Ana Paula Henkel contra a Globo e o comentarista Walter Casagrande. O juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, julgou que a ex-jogadora de vôlei teve sua honra ferida por um texto publicado por Casagrande em fevereiro. Na ocasião, Casagrande disse que a funcionária da Jovem Pan era “defensora de tudo que é ruim no país”.

Esta é a primeira vitória de Ana Paula nos processos contra Globo e Band por conta de comentários dos ex-jogadores Casagrande e José Ferreira Neto. Segundo o site Notícias da TV, o juiz Roisin não aceitou o argumento da Globo, que afirmava já ter publicado na íntegra um pedido de resposta de Ana Paula Henkel em março deste ano, quase um mês após o texto escrito por Casagrande viralizar.

A decisão também afirma que a resposta publicada no site esportivo da Globo não teve a mesma publicidade e espaço que a opinião de Casagrande. Mesmo registrado no GE.GLOBO, o texto de Ana Paula não foi divulgado nas redes sociais do site da emissora, diferentemente do que ocorreu anteriormente com o comentarista da empresa.

“O local de publicação da resposta não é o mesmo, a ele não foi dado o mesmo destaque, publicidade e dimensão, não tendo sido transmitida no mesmo espaço reservado à matéria ofensora, nem no mesmo dia da divulgação, do que decorre que não existiu resposta, nos termos do artigo 4º, §3º, da Lei em referência”, afirmou o juiz.

O magistrado também pontuou que o texto de Casagrande ultrapassou o limite da crítica e foi ofensivo à imagem de Ana Paula Henkel: “Dizer que um texto é crítico e, por isso, não é ofensivo é verdadeiro non sequitur (falta de confusão lógica). Um texto pode ser crítico sem ser ofensivo, assim como ser crítico e ofensivo, e as ofensas aqui são um fato processualmente incontroverso como afirmado”.

A Globo foi condenada a dar o direito de resposta nos mesmos espaços, dia da semana e horário em que a opinião de Casagrande foi publicada. A Justiça também definiu o prazo de 30 dias para alguma das partes perguntar algo sobre a condenação. Se não recorrer, a Globo cumprirá a decisão assim que for notificada.

Foto: Reprodução – Jovem Pan/TV Globo

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