O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente, Edson Fachin, além dos ex-presidentes da corte, divulgaram uma nota nesta segunda-feira, 2, em que defendem o sistema eleitoral vigente no país desde 1996. O documento é assinado por dezoito ministros que presidiram a instituição desde a redemocratização, em 1988, que classificam o voto impresso, como um mecanismo inadequado para garantir a segurança das eleições.
“O voto impresso não é um mecanismo adequado de auditoria a se somar aos já existentes por ser menos seguro do que o voto eletrônico, em razão dos riscos decorrentes da manipulação humana e da quebra de sigilo”, diz a nota. “A contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil”.
Os magistrados afirmam ainda que as legislações produzidas pelo Congresso Nacional e o TSE foram responsáveis por “eliminar um passado de fraudes eleitorais que marcaram a história do Brasil, no Império e na República”. O texto também enfatiza a realização de eleições “livres, seguras e limpas” como a essência da democracia.
A divulgação da nota ocorre quatro dias após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizar uma transmissão ao vivo em que, por mais de duas horas, levantou suspeitas sobre o sistema eleitoral do País e defendeu a adoção do voto impresso como mecanismo adicional de auditagem dos votos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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