Wendel Fagner Cortez de Almeida sofreu um atentado no conjunto Gramoré, na Zona Norte; ex-PM não se feriu e filha de três anos faleceu.
O atentado sofrido por um Policial Militar no conjunto Gramoré, na Zona Norte de Natal, resultou na morte da sua filha, Laura Cortez de Almeida, de apenas quatro anos de idade, no início da tarde deste domingo (8), em pleno dia dos pais. De acordo com as informações, um veículo Celta de cor vermelha se aproximou do carro do PM Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa, e efetuou vários disparos.
A pequena Laura, de 4 anos idade, saía de casa acompanhado do pai, um policial militar, e a irmã de 10 anos. Os três foram surpreendidos por criminosos que chegaram em um carro vermelho e atiraram contra a família.
O ex-PM Wendel Lagartixa não foi atingido, mas sua filha que estava o acompanhando foi baleada no rosto. A criança foi levada para o Hospital Santa Catarina, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O carro dos criminosos foi encontrado abandonado, instantes depois. Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar do RN informou que está “com todo o efetivo empenhado para prender os responsáveis” pelo crime.
Histórico criminal de Wendel Fagner Cortez mostra que ex-PM foi acusado de integrar grupo de extermínio no Rio Grande do Norte
Informações dão conta que o pai da de Laura, Wendel Fagner Cortez, é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa que atua em grupo de extermínio. De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), um grupo de 15 criminosos seria responsável pelo assassinato de 16 pessoas, de 2011 a 2015, por várias motivações.
“Eles começaram matando bandidos e, depois, acabaram transcendendo o papel de justiceiros. Eles passam a receber dinheiro e atuam como matadores de aluguel mesmo”, disse Rubens França, delegado da Polícia Federal. Dos envolvidos, 12 são policiais militares da reserva ou ativa.
Wendel já havia sido preso pela operação Hecatombe, da PF, em 2013, por fazer parte de um outro grupo de extermínio. Mas, em maio de 2015, ele foi solto porque a Justiça entendeu que o prazo da prisão preventiva estava extrapolado. Isso porque o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) teria demorado para organizar as provas contra o acusado no processo.
Antes disso, ainda em 2010, o jornal Tribuna do Norte noticiou que Wendel Fagner Cortez foi preso por força de um mandado de prisão expedido pela Comarca de Nísia Floresta, na Grande Natal. Lotado no 4º Batalhão de Polícia Militar, na zona norte de Natal, Wendel foi preso quando iria se apresentar à corporação.
Na época, o então soldado da PM era acusado de participação em uma assassinato ocorrido no dia 12 de dezembro de 2009, que teve como vítima a aposentada Maria do Carmo Bay dos Santos, 62, morta às 21h30, na porta de casa, na Travessa Quimanbú, em Monte Alegre. Com o crime, a justiça mandou Wendel Fagner Cortez de volta para a prisão depois de dois dias de liberdade. Ele já havia passado 67 dias presos por envolvimento na tentativa de homicídio contra o pedreiro Jackson Michel da Silva, de 21 anos.
Após entrevista à TV Ponta Negra, Wendel Fagner Cortez diz que assassino de sua filha foi morto em confronto com a PM; acompanhe a matéria abaixo:
Foto: Reprodução/Polícia Militar do RN/Redes Sociais
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