Profissional já foi preso por importunação sexual e agora é investigado por violação mediante fraude
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte recebeu uma segunda denúncia contra um médico de 47 anos, preso em flagrante na última quinta-feira (23.jan.2025) por suspeita de importunação sexual. O caso ocorreu em Mossoró, no Oeste potiguar, e envolve uma paciente de 22 anos.
Segunda denúncia e investigação
Após a prisão do médico, uma segunda paciente procurou a Delegacia Especial da Defesa da Mulher na segunda-feira (27.jan) para relatar outro caso de abuso. Desta vez, a investigação é por violação sexual mediante fraude, crime em que o profissional utiliza seus conhecimentos técnicos para enganar ou se aproveitar da vítima.
A suspeita é de que o médico teria inventado um suposto exame para violar a paciente, enquanto ela acreditava estar sendo atendida normalmente. A Polícia Civil reforçou que outras vítimas que passaram por situações semelhantes devem procurar a delegacia.
Detalhes da prisão anterior
O médico foi preso em flagrante na última quinta-feira (23), após o padrasto de uma paciente de 22 anos acionar a Polícia Militar. A jovem relatou ter sofrido importunação sexual durante uma consulta em um hospital privado de Mossoró.
- Fiança: O profissional foi liberado após pagar R$ 10 mil em fiança.
- Defesa: Os advogados do médico negaram as acusações, alegando que os procedimentos realizados estavam de acordo com a literatura médica.
Relato da vítima
Segundo o advogado da vítima, Jorge Moura, a jovem estava acompanhada de sua filha autista de 3 anos durante a consulta. O médico teria pedido que a criança ficasse com a avó na sala de espera e, em seguida, iniciou o atendimento individual.
- Alegou tratar dores de cabeça e problemas na coluna.
- Realizou atos de importunação sexual durante o exame.
- Em vídeo, o médico teria dito que “assédio é algo relativo”.
Preocupações da família
A família da vítima teme represálias, já que o médico demonstrou ter influência e conhecimentos de pessoas poderosas. Eles pedem justiça e medidas protetivas eficazes para garantir a segurança da jovem.
Defesa do Médico
Os advogados de defesa afirmaram que o caso foi um “mal entendido”. Eles explicaram que os exames realizados — fundo de olho e lombar — estavam dentro dos padrões médicos e negaram qualquer crime.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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