Presidente da Turquia decretou estado de emergência por três meses nas dez províncias do sudeste atingidas pelo terremoto
As equipes de resgate na Turquia e no norte da Síria prosseguiam nesta terça-feira (7.fev.2023) em sua luta contra o tempo e contra o frio para encontrar sobreviventes entre os escombros após o terremoto de segunda-feira que matou mais 5,7 mil, segundo dados divulgados por autoridades dos dois países.
Na Turquia, o número de mortos subiu para 4.544, conforme último balanço da Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências. O vice-presidente Fuat Oktay informou que há mais de 20.534 feridos. Na Síria, 1.712 pessoas faleceram, e 3.640 ficaram feridas, de acordo com os balanços das autoridades de Damasco e das equipes de resgate nas zonas rebeldes.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, decretou estado de emergência por três meses nas dez províncias do sudeste atingidas pelo terremoto.
A ajuda internacional deve começar a chegar hoje às zonas afetadas pelo terremoto e por seus tremores secundários. Organizações como ONU, UE, OTAN e pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, China, Rússia, Índia, Japão, Iraque, Irã, Austrália, Nova Zelândia, Grécia e Paquistão, entre outros.
Com base nos mapas da região afetada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que “23 milhões de pessoas estão expostas às consequências do terremoto, incluindo cinco milhões de pessoas vulneráveis“.
“A OMS está ciente da forte capacidade de resposta da Turquia e considera que as principais necessidades não atendidas podem estar na Síria, no imediato e no médio prazo“, disse a diretora de Emergências da OMS, Adelheid Marschang, ao conselho executivo da agência da ONU.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a urgência da situação: “Agora é uma corrida contra o relógio. A cada minuto que passa, a cada hora que passa, diminuem as chances de encontrar sobreviventes“.
Em vários momentos sem ferramentas, os bombeiros prosseguiram com a dramática busca por sobreviventes durante a noite, desafiando o frio, a chuva, ou a neve, assim como o risco de novos desabamentos.
Em Jindires, uma localidade síria na fronteira com a Turquia, uma recém-nascida, ainda com o cordão umbilical ligado a sua mãe, foi encontrada viva nos escombros de um prédio.
Foto: Red Crescent Turkiye/Fotos Públicas
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