China expressou apoio à Rússia na manutenção de sua estabilidade nacional
A rebelião liderada pelos mercenários russos conhecidos como Wagner abalou o governo de Vladimir Putin, revelando fragilidades em sua liderança e gerando preocupações internacionais. Os governos dos Estados Unidos e da China se manifestaram sobre o incidente, cada um expressando sua posição em relação à situação.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, destacou a gravidade do desafio enfrentado por Putin, afirmando que as ações dos combatentes do grupo Wagner expuseram novas “rachaduras” na força de liderança do presidente russo. Blinken enfatizou que as tensões que levaram à rebelião vêm se intensificando há meses, e a turbulência resultante pode ter impactos nas capacidades militares da Rússia na Ucrânia.
Ele considerou o episódio como um assunto interno a ser abordado por Putin, mas alertou para a necessidade de acompanhar de perto a evolução da situação nas próximas semanas e meses.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da China expressou apoio à Rússia na manutenção de sua estabilidade nacional. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, realizou conversas em Pequim para discutir questões “internacionais” após o desafio representado pela rebelião de Wagner.
Inicialmente, o ministério chinês anunciou que Rudenko havia trocado pontos de vista com o ministro das Relações Exteriores da China sobre as relações sino-russas e assuntos de interesse comum. Posteriormente, foi confirmado que a China apoia a Rússia em relação à manutenção de sua estabilidade nacional, considerando a recente escalada de tensões como um assunto interno do país.
A mídia chinesa, controlada pelo governo, tem tratado o episódio com cautela, evitando fazer comentários antes de qualquer declaração oficial. No entanto, o Global Times, um veículo de comunicação chinês, afirmou que a rebelião de Wagner e a tentativa de criar uma “ilusão” de contradições internas na Rússia fazem parte de um ataque da mídia ocidental para minar a unidade social russa.
Embora o governo chinês não tenha feito comentários anteriores sobre a rebelião, líderes ocidentais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, têm acompanhado de perto os acontecimentos. Para Putin, a rebelião representa uma ameaça à própria existência da Rússia.
Foto: Julien Barrier/VisualHunt
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