Incor suspende serviços de cardiologia em Natal por falta de pagamento da Prefeitura

Incor suspende serviços de cardiologia em Natal por falta de pagamento da Prefeitura

380 procedimentos são afetados, incluindo 80 cirurgias e 30 crianças cardiopatas

O Instituto do Coração de Natal (Incor) suspendeu, nesta quinta-feira (23.nov.2023), os serviços de cardiologia prestados à rede pública de saúde de Natal. A decisão foi tomada após a Prefeitura do Município não cumprir acordo firmado para pagamento de atrasados para hospitais privados.

Segundo o Incor, são 12 meses de atraso no pagamento, o que afeta, em média, 380 procedimentos que são realizados por mês no Instituto. Desse total, 300 são procedimentos como cateterismo e angioplastia, e 80 são procedimentos cirúrgicos. O público afetado inclui pelo menos 30 crianças cardiopatas.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ainda não se pronunciou sobre a questão. No Diário Oficial do Município, publicado em 14 de novembro, há uma autorização de pagamento, fora da ordem cronológica, de R$ 1,5 milhão para o Incor. No entanto, não há informações sobre se esses valores são relativos ao contrato em atraso, nem sobre quando será feito o pagamento.

O Incor informou que um Termo de Ajustamento de Conduta foi pactuado com o Município, junto também a outros fornecedores de serviços de saúde, quando se concluiu um período de 10 meses de falta de pagamento. Na época, foi firmado que o valor seria pago em 18 parcelas, simultaneamente aos repasses mensais que deveriam estar acontecendo. A Prefeitura não cumpriu o acertado, atrasando por um período de mais dois meses, totalizando até o momento 12 meses sem pagamento.

Nas justificativas apresentadas pelo Incor para essa decisão, está a impossibilidade de continuar trabalhando sem o cumprimento das obrigações por parte da Prefeitura. “Estas pessoas correm risco de morte ou de sequelas irreversíveis se não tratadas a tempo”, cita o Instituto.

O Incor esclarece que embora o Governo do Rio Grande do Norte esteja em dia com a cota em parte do acordo, também sofrerá consequências da suspensão dos serviços. Isso acontecerá pelo estado estar englobado no contexto do contrato principal, em que Natal está como município gestor. O Instituto recebe pacientes da capital e também do interior do Estado para acesso ao tratamento.

Questionado sobre o valor que está pendente pela Prefeitura do Natal, o Incor não precisou a quantia exata. “Embora sejamos uma pessoa jurídica, esta é feita por pessoas, médicos e médicas, funcionários e prestadores de serviços exaustos e impotentes em ver o sofrimento da população, em ver que os esforços de tratamento se esvaírem quando não feitos no tempo certo”, cita o Incor em nota.

Sem a disponibilidade do Incor, os pacientes cardiológicos atendidos através da Prefeitura do Natal precisarão recorrer a outras unidades credenciadas que seguem em atividade.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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