Casos confirmados de dengue no RN crescem 20% em 2023

Casos confirmados de dengue no RN crescem 20% em 2023

Secretaria de Saúde alerta para epidemia em 2024

O número de casos confirmados de dengue no Rio Grande do Norte cresceu 20,36% nas últimas seis semanas epidemiológicas de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Em 2022, foram confirmados 604 casos; em 2023, o número subiu para 727.

O aumento dos casos preocupa a Sesap, que emitiu uma nota informativa para alertar sobre o cenário para 2024. A pasta aponta para a possibilidade de uma epidemia da doença, em especial na faixa etária entre 6 e 16 anos.

Segundo a Sesap, o aumento das temperaturas a partir das mudanças climáticas é um dos fatores que traz maior influência ao cenário para 2024. A pasta também realiza reuniões com as pastas municipais para traçar as estratégias regionais de enfrentamento à doença.

Enquanto planeja as ações, a Sesap disse que espera do Ministério da Saúde (MS) as definições sobre como será o esquema vacinal contra a doença, que deve iniciar em fevereiro.

Em Natal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também aguarda pelo MS para definir as estratégias de imunização. A capital registrou, em 2023, 1.054 confirmações para a dengue até a semana epidemiológica 49 (encerrada no dia 9 de dezembro passado).

As estratégias para vacinação contra a doença em todo País serão pactuadas na próxima Comissão Intergestores Tripartite (CIT), foro permanente de negociação, articulação e decisão entre gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que o encontro aconteça no próximo dia 31, última quinta-feira deste mês.

O Ministério da Saúde diz que há uma limitação do laboratório japonês Takeda em ofertar a vacina. Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5,2 milhões de doses da Qdenga entre fevereiro e novembro de 2024. Outras 1,2 milhão doadas pela empresa estão em processo de tratativas para viabilizar o processo de doação.

A expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam imunizadas. Mesmo que ainda não haja definições, o Ministério da Saúde informou que deve seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e priorizar a vacinação na faixa etária entre 6 e 16 anos.

O esquema vacinal é composto por duas doses. Com este cenário, a Pasta, em conjunto com estados e municípios, deve definir qual idade será priorizada, diante do quantitativo de doses reduzido.

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

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