Ideb 2023 aponta que o RN tem o pior desempenho do Brasil no ensino médio

Ideb 2023 aponta que o RN tem o pior desempenho do Brasil no ensino médio

Estado repete pior índice nacional pela segunda vez consecutiva, mesmo com leve melhora em relação a 2021

A rede estadual de educação do Rio Grande do Norte obteve o pior desempenho do Brasil no ensino médio em 2023, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta quarta-feira (14.ago.2024) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esta é a segunda vez consecutiva que o estado registra o pior desempenho no ensino médio da rede pública.

Com uma nota de 3,2, o ensino médio do RN ficou atrás de todas as outras unidades federativas. Em contraste, Goiás obteve a maior nota, 4,8, enquanto a média nacional foi de 4,1. Apesar disso, o RN apresentou uma melhora de 0,4 em relação ao Ideb de 2021.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação e Lazer do RN, os índices voltaram a crescer ao nível pré-pandemia, período em que houve dificuldades significativas de investimento na área. “Depois de um ciclo de ausência total de investimento em governos passados, somado às dificuldades trazidas pela pandemia, nosso governo retomou o crescimento”, afirmou a secretária de Educação do RN, Socorro Batista.

O Ideb, que avalia a qualidade da educação no Brasil a cada dois anos, também destacou que o RN teve o pior desempenho nos últimos anos do ensino fundamental (6º ao 9º ano), com nota 4,1. Além disso, quando se considera o ensino médio completo, incluindo a rede privada e federal, o RN teve o segundo pior desempenho, ao lado do Rio de Janeiro, com nota 3,7.

A Secretaria Estadual de Educação atribui os baixos índices a um histórico de falta de investimentos e à pandemia de Covid-19. A pasta destaca os investimentos recentes em políticas pedagógicas, infraestrutura, tecnologias e formação continuada dos professores. A secretária Socorro Batista mencionou a necessidade de novas estratégias para reduzir o abandono escolar e as taxas de reprovação, que impactam negativamente no Ideb.

Para reverter este cenário, o estado aposta em programas como o “Pé de Meia” e outras estratégias que visam melhorar a avaliação e extrair o melhor desempenho dos alunos. “Precisamos atualizar os processos e estratégias de avaliação para mudar esse quadro”, concluiu a secretária.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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