Agência anuncia redução com cobrança de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos, refletindo a melhora nas condições de geração de energia no Brasil
Após dois meses sob a bandeira tarifária vermelha, que eleva consideravelmente o valor da conta de energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (25.out.2024), que em novembro, a bandeira será amarela. Com isso, o acréscimo na conta será de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos, uma redução significativa em relação aos R$ 7,877 do nível vermelho patamar 2, vigente em outubro. Essa transição marca um alívio para os consumidores, que sentiram o impacto da tarifa mais alta desde agosto de 2021.
A decisão da Aneel está embasada na melhora nas condições de geração de energia, embora a previsão de chuvas e o nível das hidrelétricas ainda estejam abaixo da média histórica. Para manter a estabilidade do sistema e garantir o abastecimento, a geração termelétrica continua sendo utilizada, elevando os custos que justificam a bandeira tarifária amarela. Esse sistema de bandeiras, implantado em 2015, permite ajustar as cobranças de acordo com o custo de produção de energia no país, promovendo transparência sobre os gastos e incentivando o uso consciente.
Nos últimos anos, o cenário hidrológico tem oscilado, influenciado por fenômenos climáticos e eventos extremos, como secas e ondas de calor. Em 2022, o sistema de bandeiras verdes prevaleceu até julho, quando uma sequência de aumentos começou a ser aplicada devido à necessidade de geração alternativa. O consumidor, ao monitorar as mudanças de bandeira, pode planejar o uso da energia para evitar surpresas nos valores das contas.
Segundo a Aneel, o impacto direto no orçamento das famílias e empresas pode ser minimizado com a conscientização sobre o consumo, principalmente quando a bandeira é vermelha. A flexibilização tarifária para novembro indica uma perspectiva positiva de custo, mas a atenção à bandeira tarifária continua essencial para uma gestão financeira eficiente.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado/Ilustração
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