Infectologista alerta: Uso da PrEP exige acompanhamento médico

Infectologista alerta: Uso da PrEP exige acompanhamento médico

Medicamento reduz o risco de transmissão do HIV

No Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a prevenção ao HIV/AIDS, o uso da PrEP (profilaxia pré-exposição) ganha destaque como uma ferramenta poderosa no combate à infecção pelo vírus.

De acordo com Igor Thiago Queiroz, infectologista e professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, reconhecida como o melhor ecossistema de educação em saúde do país, a PrEP consiste em uma medicação preventiva que, quando utilizada corretamente, reduz significativamente o risco de transmissão do HIV.

“A PrEP é uma medicação tomada por pessoas que se consideram em risco de exposição ao HIV, seja por relações sexuais ou situações laboratoriais. É indicada para maiores de 15 anos e pode ser obtida por meio de serviços de saúde públicos ou particulares”, explica o infectologista.

Queiroz destaca que a eficácia da PrEP depende do uso regular e da adesão às recomendações médicas. Para homens, a proteção ideal é alcançada após sete dias de uso contínuo, enquanto para mulheres o efeito máximo ocorre após três semanas.

Além disso, existem dois tipos de PrEP: a de uso diário, indicada para pessoas com exposições frequentes, e a sob demanda, voltada para situações esporádicas, como exposições sexuais pontuais. No entanto, o especialista alerta: “A PrEP sob demanda só é eficaz para homens cis. Para mulheres, é necessário o uso contínuo da medicação”.

Ainda que a PrEP ofereça uma barreira altamente eficaz contra o HIV, ela não substitui o preservativo. “Enquanto a PrEP protege exclusivamente contra o HIV, o preservativo é indispensável para prevenir outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorreia e herpes, além de ser um método contraceptivo”, reforça.

A medicação utilizada na PrEP combina duas substâncias — tenofovir e emtricitabina — em um comprimido único, que é considerado seguro. Os efeitos colaterais são geralmente leves, como náuseas nos primeiros dias, e desaparecem com o tempo. Contudo, o infectologista ressalta a importância do acompanhamento médico. “O acompanhamento regular é essencial para monitorar possíveis efeitos adversos e garantir a eficácia do tratamento”, explica.

“A PrEP representa um avanço significativo na luta contra o HIV, especialmente em um cenário onde a informação e a prevenção são as principais armas para conter a epidemia. Neste Dezembro Vermelho, a campanha busca não apenas ampliar o acesso à PrEP, mas também promover um diálogo aberto sobre prevenção, combate ao preconceito e o papel da adesão às estratégias de saúde na construção de uma sociedade mais consciente e saudável”, frisa o docente da UnP/Inspirali, Igor Thiago Queiroz.

Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

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