Inflação no Brasil: BC prevê índice acima da meta e sinaliza possível novo aumento da Selic

Inflação no Brasil: BC prevê índice acima da meta e sinaliza possível novo aumento da Selic

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirma que país enfrentará pressão inflacionária no curto prazo

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (27.mar.2025) que o Brasil deverá conviver, no curto prazo, com uma inflação acima da meta estabelecida para 2024, fixada em 3%. Durante sua fala, ele destacou que a combinação entre inflação elevada e juros altos gera um cenário econômico desafiador.

“O Banco Central sabe que, no curto prazo, a gente vai conviver com uma inflação acima da meta e que os mecanismos de transmissão desse processo vão se dar nessa ordem que a gente tem comunicado”, declarou Galípolo.

Atualmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, acumula alta de 5,06% em 12 meses — acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50%.

Próximos passos do Copom: Selic pode subir novamente, mas em ritmo menor

Questionado sobre a possibilidade de nova alta na taxa básica de juros (Selic), Galípolo evitou especular sobre a magnitude do ajuste, mas reforçou o posicionamento do Comitê de Política Monetária (Copom), expresso na ata da última reunião, realizada em março.

O documento indicou que o ciclo de alta da Selic “não está encerrado”, mas que o próximo aumento “seria de menor magnitude”.

“A ata continua bastante válida, ela não ficou velha. A gente quer preservar esses graus de liberdade para a gente poder tomar essa decisão [definir a taxa Selic]”, acrescentou o presidente do BC.

Na última decisão do Copom, em 19 de março, a Selic foi elevada de 13,25% para 14,25% ao ano, atingindo o maior patamar desde 2016, durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff (PT).

Meta de inflação contínua: BC pode emitir nova carta por descumprimento

A partir de 2024, o sistema de metas de inflação no Brasil passou a ser contínuo, ou seja, não segue mais o ano-calendário. Agora, o índice é verificado mês a mês, e o descumprimento ocorre se a inflação ficar fora da banda de tolerância por seis meses consecutivos.

Galípolo mencionou que o BC pode precisar redigir uma segunda carta aberta explicando o estouro da meta, já que há expectativa de que o IPCA ultrapasse o limite em junho.

Para 2025, a meta de inflação permanece em 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Dados recentes da economia brasileira

  • Inflação acumulada em 12 meses: 5,06% (acima do teto de 4,50%)
  • Taxa Selic atual: 14,25% ao ano (maior nível desde 2016)
  • Próxima reunião do Copom: Maio de 2024

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.

MAIS LIDAS DO DIA

Carnaval de Natal 2025: Programação, transporte gratuito e tudo que você precisa saber Jogo entre Flamengo x Nova Iguaçu pelo campeonato Carioca na Arena das Dunas é cancelado BRAVA Energia anuncia primeiro óleo do Sistema Definitivo do Campo de Atlanta Réveillon 2025 em Natal: Virada terá fogos silenciosos, shows e esquema especial de trânsito e transporte Governo Federal transfere R$ 30 bi ao RN em 2024: o que isso significa? O impasse do 13° salário dos servidores do RN