Cesta básica em Natal registra queda de 1,87% em março, mas segue como a mais cara entre capitais do Nordeste

Cesta básica em Natal registra queda de 1,87% em março, mas segue como a mais cara entre capitais do Nordeste

Tomate, óleo e arroz puxam redução de preços, enquanto banana, leite e café pressionam alta em outros itens; salário mínimo ideal seria 4,87 vezes o atual, segundo DIEESE

O custo da cesta básica em Natal caiu 1,87% no mês de março de 2025 em comparação a fevereiro, conforme aponta a pesquisa mensal divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O valor médio do conjunto de alimentos essenciais na capital potiguar ficou em R$ 636,47 no terceiro mês do ano.

A redução observada em março foi impulsionada, principalmente, pela queda nos preços de seis dos 12 produtos que compõem a cesta básica. O tomate liderou as reduções com recuo de 19,39%, seguido pelo óleo de soja (-2,80%), arroz agulhinha (-1,72%), carne bovina de primeira (-1,27%), feijão carioca (-0,81%) e manteiga (-0,26%). O açúcar cristal não apresentou variação no período, mantendo seu preço estável.

Por outro lado, cinco itens apresentaram elevação nos preços médios entre fevereiro e março. A banana subiu 10,15%, o leite integral teve alta de 4,96%, o café em pó aumentou 4,54%, a farinha de mandioca variou 1,59% para cima, e o pão francês teve acréscimo de 1,39%.

Natal tem a quinta cesta básica mais barata do país, mas a maior entre as capitais nordestinas

Entre as 17 capitais brasileiras acompanhadas pelo DIEESE, Natal apresentou o quinto menor valor da cesta básica em março. Ainda assim, entre as cinco capitais nordestinas incluídas na pesquisa — Natal, Aracaju, João Pessoa, Recife e Salvador —, a capital potiguar se manteve com o maior custo médio.

Enquanto Natal registrou uma redução de 1,87%, outras duas capitais do Nordeste também apresentaram queda nos preços: Aracaju (-1,89%) e João Pessoa (-1,19%). No sentido oposto, 14 das 17 cidades pesquisadas registraram aumento no valor da cesta, com destaque para as capitais da Região Sul. Curitiba apresentou a maior alta (3,61%), seguida por Florianópolis (3,00%) e Porto Alegre (2,85%).

Custo da cesta acumula alta no trimestre e supera valor de março de 2024

Apesar da queda em março, o valor da cesta básica em Natal acumula alta de 3,10% no primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o aumento é de 5,14%, o que reflete a tendência de inflação nos preços de alimentos essenciais no período de um ano.

Esse crescimento também impacta diretamente no cálculo do salário mínimo ideal para suprir as necessidades básicas de uma família brasileira. Segundo o DIEESE, em março de 2025, o valor necessário para garantir alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.398,94. Esse montante representa 4,87 vezes o salário mínimo vigente no país, reajustado para R$ 1.518,00.

A estimativa do DIEESE considera o custo da cesta básica mais cara entre as capitais, servindo como base para calcular o salário mínimo necessário. Ainda que Natal não esteja entre as capitais com os maiores valores, o impacto da inflação de alimentos e o descompasso entre preços e rendimento mínimo continuam sendo um ponto de atenção nas políticas de segurança alimentar e poder de compra da população.

Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília / Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

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