Trump quer fechar 90 acordos comerciais em 90 dias, mas enfrenta desafios com principais parceiros internacionais

Trump quer fechar 90 acordos comerciais em 90 dias, mas enfrenta desafios com principais parceiros internacionais

União Europeia envia representante a Washington para discutir tarifas impostas pelo governo dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a intenção de fechar 90 acordos comerciais em um prazo de 90 dias. A meta foi anunciada em meio às crescentes tensões comerciais entre o país norte-americano e seus principais parceiros econômicos. No entanto, especialistas avaliam que os desafios para resolver as disputas atuais no comércio global são complexos e poderão exigir negociações prolongadas.

Uma das primeiras movimentações em resposta ao plano do governo americano será a chegada de Maros Sefcovic, vice-presidente da Comissão Europeia responsável por assuntos de comércio, a Washington. A visita está marcada para a próxima segunda-feira (14) e tem como objetivo discutir as tarifas anunciadas pela administração Trump no início de abril.

União Europeia busca resposta rápida para tarifas

O bloco europeu é um dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos. Em 2024, o comércio bilateral entre a União Europeia e os EUA totalizou aproximadamente US$ 1 trilhão. A decisão de enviar uma autoridade de alto escalão ao território americano sinaliza a importância da relação econômica entre os dois blocos e a urgência em tratar os impactos das novas tarifas.

As medidas tarifárias determinadas por Trump têm gerado preocupações em diversos setores da economia global, com receios de que uma escalada da guerra comercial possa prejudicar cadeias produtivas integradas e provocar reflexos negativos sobre exportações e investimentos.

Especialistas apontam dificuldades no cumprimento da meta

A meta de 90 acordos em 90 dias foi considerada ambiciosa por especialistas em comércio internacional. O contexto atual inclui impasses com diversas nações, como China, Canadá, México e países da União Europeia, que têm manifestado resistência às tarifas americanas e, em alguns casos, adotado medidas de retaliação.

Analistas alertam que a natureza técnica e diplomática dos acordos comerciais exige tempo para formulação, revisão jurídica, aprovação interna e negociações bilaterais ou multilaterais. Além disso, muitos países exigem aprovação legislativa para ratificação de novos tratados, o que pode tornar o processo ainda mais demorado.

Guerra comercial pode afetar setores estratégicos

A intensificação da guerra comercial, impulsionada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, tem potencial para atingir setores estratégicos, como a indústria automobilística, a produção agrícola, a tecnologia e a siderurgia. Empresas com operações globais monitoram de perto os desdobramentos, temendo prejuízos à competitividade e à previsibilidade dos mercados.

No caso da União Europeia, o impacto das medidas tarifárias pode atingir diretamente países com forte presença industrial e exportadora, como Alemanha e França. A resposta do bloco às tarifas americanas será observada como um indicativo do rumo que as negociações comerciais deverão seguir nos próximos meses.

EUA buscam reconfigurar política comercial

Desde o início de seu mandato, o presidente Donald Trump tem buscado reformular a política comercial dos Estados Unidos, retirando o país de acordos multilaterais como o Tratado Transpacífico (TPP) e renegociando termos de acordos vigentes, como o NAFTA, substituído pelo Acordo EUA-México-Canadá (USMCA).

A atual ofensiva comercial com países parceiros é parte da estratégia de “América Primeiro”, defendida por Trump, com foco em proteger a indústria americana, reduzir o déficit comercial e estimular a produção doméstica. No entanto, o efeito prático dessas medidas ainda é alvo de debate entre economistas e autoridades comerciais internacionais.

União Europeia e EUA devem manter negociações em andamento
A reunião entre Maros Sefcovic e autoridades americanas será o primeiro passo formal para discutir as tarifas aplicadas. A expectativa é que, a partir desse encontro, novas rodadas de diálogo sejam estabelecidas entre os dois blocos.

A agenda das negociações deverá incluir temas como barreiras comerciais, subsídios, propriedade intelectual, padrões regulatórios e acesso a mercados. A União Europeia tem reiterado seu interesse em manter uma relação equilibrada com os Estados Unidos, mas sem abrir mão de mecanismos de defesa comercial.

O governo americano, por sua vez, buscará incluir demandas específicas no novo modelo de acordos, como maior acesso a setores estratégicos dos países parceiros e revisão de práticas comerciais consideradas desvantajosas para os EUA.

Foto: RS/Fotos Públicas

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