Suspensão de serviços extras e pressão por benefícios marcam movimento da categoria
Policiais civis do Rio Grande do Norte realizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16.abr.2025), buscando pressionar o Governo do RN pela aprovação do projeto de lei do auxílio-fardamento. O projeto precisa ser anunciado para votação na sessão desta quarta-feira (17.abr), visando sua votação na plenária de quinta-feira (18.abr).
Como forma de pressão, os policiais suspenderam as diárias operacionais, serviços extras realizados para complementar a escala da instituição. O presidente do Sinpol, Nilton Arruda, alertou para a possibilidade de interrupção dos plantões noturnos, caso não haja avanços nas negociações.
Arruda destacou a ampliação das ações da categoria como resposta à suposta falta de consideração por parte da gestão da Governadora Fátima Bezerra (PT). Para ele, o governo precisa demonstrar respeito pelos trabalhadores, atendendo às demandas que, segundo ele, têm um impacto financeiro mínimo. A falta de resposta do Executivo frente às solicitações dos policiais tem levado a um aumento da tensão, com possíveis consequências para a população em geral.
Desde segunda-feira (15), os policiais civis interromperam os serviços de diárias operacionais, afetando principalmente o funcionamento das delegacias regionais na Grande Natal. Segundo Arruda, isso sobrecarregou o serviço em diversas delegacias, levando a uma redistribuição de plantões e uma redução no contingente de agentes em operação. Além disso, o presidente do Sinpol destacou a falta de diálogo do governo e criticou a inação diante das demandas dos policiais civis, que também reivindicam o auxílio-alimentação.
No protesto desta terça-feira (16), mais de 600 policiais civis participaram das ações em todo o Estado, incluindo agentes e escrivães de Mossoró, região do Seridó, e da capital. A categoria também demanda a nomeação de 153 concursados já aprovados. A possibilidade de paralisar os plantões noturnos será debatida nos próximos dias pelo sindicato, indicando uma escalada nas medidas de pressão adotadas pela categoria.
Foto: Divulgação/SINPOL-RN
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