Trabalhadores exigem reajuste salarial e melhores condições de trabalho; empresas alegam dificuldades financeiras
A cidade de Natal está prestes a enfrentar uma paralisação dos trabalhadores do transporte público por ônibus, após a confirmação de uma greve por tempo indeterminado. O Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN) anunciou a decisão durante uma assembleia da categoria, realizada hoje (28.mai.2024) na sede do sindicato, localizada no Baldo, na zona Leste da capital.
Os rodoviários reivindicam um reajuste salarial que contemple a inflação, acrescido de um ganho real de 5%. Além disso, exigem um vale alimentação no valor de R$ 600,00 e o custeio da renovação da carteira de habilitação pelas empresas de ônibus, além de pleitearem a manutenção das demais cláusulas da convenção coletiva de trabalho.
Por outro lado, as empresas de transporte urbano, representadas pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal (Seturn), alegam enfrentar dificuldades financeiras. Na última sexta-feira (24.mai) uma rodada de negociações não resultou em acordo, e uma nova mesa de negociações será instalada amanhã (29.mai) sob mediação do Ministério Público do Trabalho, numa tentativa de evitar maiores transtornos para a população.
As empresas de ônibus solicitaram à prefeitura um recálculo da tarifa, alegando um déficit de R$ 0,45 por passageiro. Atualmente, a tarifa cobrada ao público é de R$ 4,50, enquanto o valor técnico, segundo o sindicato patronal, seria de R$ 4,95. Até o momento, a administração municipal não se pronunciou sobre o pedido dos empresários.
Uma nova assembleia dos rodoviários está marcada para as 16h de hoje, novamente na sede do SINTRO-RN, no Baldo. Nesta reunião, os trabalhadores deverão ratificar a deflagração da greve e decidir os próximos passos do movimento.
Segundo o SINTRO-RN, com a aprovação do indicativo de greve, um edital informando a deflagração do movimento será publicado nos jornais impressos da capital potiguar. Após o cumprimento do prazo legal, a paralisação será iniciada.
Foto: Matheus Felipe/Ilustração/Arquivo
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