Empresário presta depoimento sobre incêndio em galpão com fogos de artifício e matou duas pessoas em Parnamirim

Empresário presta depoimento sobre incêndio em galpão com fogos de artifício e matou duas pessoas em Parnamirim

Homem foi ouvido pelo delegado responsável pela investigação na manhã desta quinta-feira (5) em Parnamirim

O empresário responsável pelos fogos de artifício que causaram um incêndio em um galpão de Parnamirim, na Grande Natal, no dia 28 de dezembro, afirmou à Polícia Civil que não tinha qualquer autorização do Corpo de Bombeiros ou da prefeitura do município para armazenar os produtos no local. Duas pessoas morreram.

A informação foi confirmada pelo delegado Luiz Gonzaga Lucena, da 17ª Delegacia de Polícia de Parnamirim, após o depoimento prestado pelo empresário na manhã desta quinta-feira (5).

No entanto, o delegado afirma que aguarda informações do Corpo de Bombeiros sobre a legislação e a regulamentação exigida para esse tipo de atividade, para saber se as operações ocorriam de forma clandestina.

O advogado do empresário afirmou à imprensa que a empresa prestou apoio a todas as vítimas e lamentou o caso, sem entrar em detalhes sobre as possíveis causas do acidente e a regularidade do empreendimento. Ele argumentou que o inquérito corre em segredo de justiça para evitar passar mais informações.

Segundo o delegado, o empresário afirmou que atua no ramo há cerca de 20 anos, desde 2018 fornecia fogos de artifício para prefeitura de Natal e de Parnamirim, e nunca tinha tido qualquer autorização especial solicitada pelas autoridades.

Segundo ele, ele não tirou nenhuma autorização do Corpo de Bombeiros, nem da prefeitura. Esses fogos seriam entregues no dia 29, à prefeitura, e segundo ele, nunca houve esse tipo de solicitação para esse tipo de armazenamento. Ele também disse que a prefeitura ainda não tinha conhecimento que esses fogos já tinham chegado a Parnamirim“, disse o delegado.

A polícia já ouviu quatro funcionários, o proprietário do galpão, o representante da empresa dona dos fogos e duas testemunhas. Segundo o delegado, ainda devem ser ouvidos os três funcionários da empresa que estavam internados e um representante da prefeitura de Parnamirim.

A princípio, só faltam essas pessoas para serem ouvidas e vamos aguarda os laudos para a conclusão do inquérito“, disse o delegado. Para ele, é improvável que a perícia consiga definir o que causou o incêndio, visto que todo o material foi destruído pelo fogo. Segundo o delegado, o empresário acredita que algo tenha gerado uma faísca dentro do galpão.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte comunicou nesta quinta-feira (5) que um dos dois pacientes que estavam internados no Centro de Queimados do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, recebeu alta. O outro foi transferido para a Paraíba.

A defesa da empresa alegou que as famílias das vítimas estão sendo apoiadas e lamentou o caso.

Estamos no momento de apurar os fatos. A empresa vem colaborando com as autoridades, colaborando com as famílias. Todos os custos de deslocamento dos corpos das pessoas que faleceram, infelizmente, estão sendo arcados pela empresa. Tenha certeza de que todos os fatos serão apurados“, afirmou o advogado Ricardo Amauri.

O advogado afirmou que a empresa é de Campina Grande (PB) e não trabalha com fabricação de fogos de artifício, mas com comercialização. A carga que estava no galpão era avaliada em cerca de R$ 200 mil, segundo a polícia.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o empresário informou que os funcionários trabalhavam de forma temporária e estavam atuando na preparação dos fogos para o uso no réveillon. Eles já tinham trabalhado com ele em outras ocasiões e não usavam nenhum tipo de equipamento especial de proteção.

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Do G1 RN

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