Google e Meta lideraram pressão para derrubar o PL das Fake News

Google e Meta lideraram pressão para derrubar o PL das Fake News

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (26) pelo Estadão

O Google e a Meta, controladora do Facebook, Whatsapp e Instagram, atuaram intensamente para pressionar os deputados a retirar o Projeto de Lei 2630, conhecido como PL das Fake News, da pauta do Congresso brasileiro. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (26.jun.2023) pelo Estadão.

Segundo o jornal, em apenas 14 dias, as empresas fizeram lobby e ameaçaram retirar conteúdo das redes sociais, além de lançar uma campanha de ataques às contas dos deputados na internet.

Um monitoramento do Estadão revelou que a pressão das empresas levou pelo menos 33 deputados a mudarem de posição entre a aprovação do requerimento de urgência, em 19 de abril, e a retirada de pauta, em 2 de maio.

Ainda de acordo com o jornal, um site foi criado nos Estados Unidos para mostrar o voto de cada parlamentar, incentivando os internautas a enviar mensagens para aqueles que apoiavam ou ainda não se posicionavam claramente contra o projeto.

A atuação do Google gerou investigação pela Polícia Federal (PF). O diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa, Marcelo Oliveira Lacerda, admitiu ter gastado R$ 2 milhões na campanha contra o projeto. Lacerda alegou que inicialmente o objetivo era apenas expor a discussão, mas a atuação da empresa foi além disso.

Durante os últimos dois meses, o Estadão mapeou a influência das grandes empresas de tecnologia para interferir nas discussões do Congresso brasileiro, a ponto de retirar o assunto da pauta. A mobilização começou em 19 de abril, quando o projeto foi chamado de “PL da Censura”.

As empresas estrangeiras realizaram uma operação tanto online quanto offline, com lobistas nos gabinetes dos deputados e campanhas abertas nas redes sociais contra o projeto, dando voz aos internautas para pressionar os parlamentares a favor ou indecisos.

Por meio de nota, o Google disse que defende o debate sobre medidas que possam combater a desinformação, e afirmou que “o exercício das relações governamentais está baseado na liberdade de expressão e de associação”.

Já a Meta afirmou que mantém contatos frequentes com parlamentares e integrantes do governo. “Nossos times se reúnem regularmente com parlamentares, representantes do governo e do Judiciário, sociedade civil e acadêmicos no Brasil e no mundo. Acreditamos que esse diálogo contínuo é importante para construção de regulações claras e consistentes para todos”, declarou ao jornal.

Foto: Geri Tech/Pexels

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