Atuação ocorreu após morte de policial; Patrick Bastos Reis, da Rota, foi baleado durante patrulhamento no Guarujá e não resistiu; operação gera controvérsia e números conflitantes sobre vítimas
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou elogios à operação policial realizada na Baixada Santista desde sexta-feira (28.jul.2023), em resposta à morte do policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Patrick Bastos Reis, de 30 anos.
O agente, que patrulhava o Guarujá, foi alvejado por criminosos e não sobreviveu ao ataque. Durante entrevista coletiva, o governador declarou estar satisfeito com a ação da polícia, mas também lamentou profundamente o ocorrido, destacando que a justiça será buscada para os responsáveis pelos crimes.
De acordo com informações do governo paulista, a Operação Escudo resultou em oito ocorrências com oito óbitos. Entretanto, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo relata que ao menos dez pessoas foram mortas durante as diligências para localizar os suspeitos envolvidos na morte do PM da Rota na sexta-feira.
O portal G1 teve acesso aos boletins de ocorrência relacionados à operação, registrados entre 28 de julho, às 13h20, e 30 de julho, às 7h40. Os boletins apontaram sete mortos, com ocorrências restritas ao Guarujá. A discrepância nos números gerou questionamentos, e a reportagem busca esclarecimentos junto ao governo de São Paulo.
Tarcísio reiterou que aqueles que decidiram se entregar à polícia foram presos e apresentados à Justiça. O governador ressaltou que a polícia busca evitar o confronto a todo custo, seguindo rigorosamente as regras de engajamento, e destaca o treinamento das forças policiais. Contudo, a operação enfrenta críticas e investigações.
O homem apontado como o responsável pelos disparos que tiraram a vida do soldado Patrick Reis foi preso e gravou um vídeo pedindo o fim da “matança” de supostos inocentes em Guarujá, direcionando a mensagem ao governador de SP e ao secretário de segurança do Estado, Guilherme Derrite.
Nesta segunda-feira (31.jul), o Ministério Público de São Paulo iniciará um procedimento para analisar a operação policial. Dois promotores do Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial) acompanharão as investigações das mortes provocadas pelos policiais.
A Defensoria Pública de São Paulo também foi acionada para acompanhar a operação através do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos, diante da controvérsia gerada pelos eventos ocorridos durante a operação policial na Baixada Santista.
Foto: Josué Emidio / Governo do Estado de SP
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