Fisioterapeuta explica quadro de Lesões por Esforço Repetitivo e orienta como prevenir sintomas

Fisioterapeuta explica quadro de Lesões por Esforço Repetitivo e orienta como prevenir sintomas

Boas práticas no ambiente de trabalho ajudam a evitar desenvolvimento de patologias; faculdade oferece tratamento gratuito para distúrbios como tendinite, lombalgias e outros

Celebrado nesta quarta-feira (28), o Dia Mundial de Combate a Lesões por Esforço Repetitivo (LER) – atualmente chamados de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) – chama atenção para um problema que atinge diversos profissionais o ano todo: sintomas de dor, rigidez, formigamento, fraqueza muscular, inchaço e sensibilidade causados por movimentos repetitivos.

Neste cenário, profissões que envolvem uso excessivo de força, longos períodos de atuação em posições inadequadas, digitação constante ou uso intensivo de ferramentas manuais estão associadas a um maior risco de desenvolver condições que podem levar a afastamento, nos casos mais graves. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2007 a 2016, houve um crescimento de 184% de trabalhadores atingidos pela doença, principalmente em mulheres de 40 a 45 anos.

A especialista Ana Fraga, coordenadora do curso de Fisioterapia da Estácio, assegura que é possível prevenir os sintomas e explica o quadro clínico. “As LER não são consideradas uma doença, são afecções do sistema músculo esquelético que apresentam sinais clínicos que variam sua intensidade, o que nos deixa aptos a melhorar nossas condições de trabalho para que elas não se desenvolvam ou até mesmo para que possamos nos prevenir e evitar que ocorram”, esclarece.

“Alguns distúrbios são mais comuns como tendinites, que podem se desenvolver em vários locais, entre eles ombro, cotovelo e punho; as lombalgias, que são dores na região lombar; e as mialgias que são dores musculares em diversas regiões do corpo”, enumera a profissional.

Como criar um ambiente de trabalho seguro

Segundo a fisioterapeuta, é necessário conhecer a rotina do trabalhador, saber o tipo de atividade, o tempo que leva para realizá-la, as horas de descanso, o controle do local (como iluminação, temperatura e equipamento) para estabelecer um ambiente de trabalho seguro.

“As LER ou DORT podem ser evitadas proporcionando um ambiente de trabalho adequado, com horários de descanso flexíveis, equipamentos adequados ergonomicamente e promoção de ginásticas laborais. A necessidade da melhora da condição de vida é um benefício para todos: empregador e empregado. Um profissional bem treinado e orientado jamais irá desenvolver esses sintomas”, adverte.

A fisioterapeuta sugere algumas boas práticas como pausar as tarefas e fazer alongamentos nos períodos que não prejudiquem sua produção; trocar de tarefas ao longo do dia, evitando assim os esforços repetitivos; fazer pausas de 15 a 20 minutos a cada três horas, a fim de poupar os músculos e tendões, e ingerir líquidos para que todas as estruturas corporais sejam bem hidratadas, o que diminui o risco de lesões.

Ana Fraga salienta que normalmente as pessoas que desenvolvem LER/DORT costumam ter picos de seus sintomas ao final do dia ou em horários de mais intensidade no trabalho. Esses sintomas também podem ser exacerbados quando são realizados determinados movimentos e por isso é necessário observar o momento desses picos e quando os sintomas estão mais intensos.

“Sobretudo, devemos ter conhecimento do nosso corpo e perceber os sinais de alerta para qualquer tipo de patologia. Além disso, devemos nos conscientizar que a prevenção ainda é o melhor remédio e que, com isso, conseguimos evitar que determinadas patologias se instalem e venham a desenvolver maiores prejuízos em nosso organismo”.

A profissional ressalta que nem toda pessoa que sente dor está com LER ou DORT, pois existem muitas condições que geram sintomas semelhantes. Por isso, a orientação é sempre procurar um especialista (reumatologista) a fim de obter o diagnóstico correto e traçar uma estratégia de tratamento adequada.

Atendimento gratuito

Em Natal, a Clínica Escola de Fisioterapia da Estácio está com vagas abertas para atender gratuitamente a população afetada por essas e outras patologias.

Os serviços disponíveis são focados em tratamentos de fisioterapia neurológica para adultos e crianças; fisioterapia dermatofuncional, voltada para procedimentos estéticos, e ortopedia, onde se enquadram casos de origem ortopédica ou reumatológica, como artrite, artrose e lesões de esforço repetitivo (LER).

O atendimento acontece no Núcleo de Saúde Integrado da Instituição, na Av. Alm. Alexandrino de Alencar, 708, Alecrim; e os interessados podem fazer sua inscrição pelo telefone (84) 99158-5513 (Whatsapp), das 13h às 17h.

Foto: Divulgação

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