Republicano vence Kamala Harris e retoma o poder com discurso rígido em relação à imigração e políticas econômicas protecionistas
Donald Trump foi oficialmente declarado o 47.º presidente dos Estados Unidos após vencer a democrata Kamala Harris nas eleições realizadas na terça-feira (5nov.2024). A vitória, garantida com 270 delegados no colégio eleitoral, marca um retorno histórico, pois ele é o primeiro ex-presidente desde Grover Cleveland, em 1893, a reassumir o cargo após uma derrota em uma reeleição. Aos 78 anos e 140 dias, Trump também se torna o presidente mais velho da história americana, superando Joe Biden.
Com a volta à Casa Branca, Trump herda uma nação profundamente dividida e com desafios significativos tanto no cenário interno quanto externo. Internamente, ele terá de lidar com questões como imigração ilegal, crise de opioides, problemas no sistema de saúde e políticas de transição energética. No plano externo, Trump enfrentará tensões crescentes com a China e os conflitos em andamento na Ucrânia e no Oriente Médio, temas críticos para a política americana.
A vitória de Trump reflete a insatisfação de muitos americanos com a gestão democrata dos últimos quatro anos, especialmente diante da inflação e do aumento no custo de vida. A política de imigração, considerada um dos principais problemas da administração anterior, se tornou um ponto central para os eleitores. Durante a campanha, Trump prometeu endurecer o controle nas fronteiras e deportar milhões de imigrantes ilegais, defendendo um modelo de economia protecionista. “Precisamos proteger o sangue de nosso país”, afirmou em discursos acalorados, ecoando o slogan “Make America Great Again”, popularizado em sua primeira campanha em 2016.
A nova presidência de Trump promete também confrontos com opositores políticos. Ele declarou intenção de usar o Departamento de Justiça para investigar rivais, incluindo figuras proeminentes como Kamala Harris e Liz Cheney, além de sugerir que os responsáveis pela invasão ao Capitólio em 2021 poderiam receber indulto. Em sua visão, a volta ao poder representa uma resposta contundente dos eleitores à crise interna e aos valores progressistas dos últimos anos.
Fotos: RS/Fotos Públicas
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