Testemunhas afirmam que a suspeita entregou um pacote para o blogueiro durante um debate em um café
A polícia russa prendeu uma mulher sob suspeita de ter entregado a bomba que matou o blogueiro de guerra Vladlen Tatarsky, no último domingo (2.abr.2023), que apoiava o governo russo na guerra contra a Ucrânia. Oficiais russos afirmam que Tatarsky, de 40 anos, morreu após a explosão de uma bomba em um café em São Petersburgo, onde ele participava de um debate. Mais de trinta pessoas ficaram feridas, dez delas em estado grave, segundo autoridades locais.
O Ministério do Interior russo identificou a suspeita como Darya Tryopova, de 26 anos, moradora de São Petersburgo e que já havia sido detida por participar de manifestações contrárias à guerra. A agência de notícias Interfax reportou sua prisão no domingo, mas posteriormente afirmou que ela estava foragida enquanto sua mãe e irmã eram convocadas para interrogatório. O ministério incluiu o nome de Tryopova na lista de pessoas procuradas do país nesta segunda-feira (3.mar.2023).
Testemunhas afirmam que a suspeita conversou com Tatarsky durante o debate e fez perguntas. Alisa Smotrova, uma testemunha, disse que falou para Tatarsky que havia feito uma estatueta dele como presente, mas que os guardas pediram que ela deixasse na porta, suspeitando que pudesse ser uma bomba. Eles brincaram sobre o assunto e, em seguida, ela pegou o objeto e entregou a Tatarsky. Um vídeo mostra o blogueiro fazendo piadas sobre a estatueta e colocando-a na mesa ao lado dele pouco antes da explosão.
O Comitê Investigativo da Rússia, a principal agência de investigação criminal do país, abriu uma investigação sobre as acusações de assassinato. Autoridades russas responsabilizaram a inteligência militar da Ucrânia pela morte de Tatarsky, mas Kiev negou qualquer envolvimento.
Foto: Reprodução/Ministério do Interior da Rússia
Com informações do g1
Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.