Polícia Federal conclui que parlamentar cometeu crimes relacionados aos atos antidemocráticos de janeiro
A Polícia Federal (PF) apresentou nesta terça-feira (18.out.2023) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório que revela as conclusões de sua investigação sobre o deputado federal General Girão (PL-RN), acusando-o de cometer crimes ao incentivar seus seguidores a pedir uma intervenção militar. Esse relatório faz parte de um dos inquéritos em andamento, que visa apurar os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.
Segundo o documento, a PF alega possuir “evidências suficientes” que comprovam a prática dos crimes e a possível responsabilidade do deputado bolsonarista. Durante seu depoimento, Girão defendeu-se das acusações, alegando que, ao mencionar as Forças Armadas, estava se referindo de maneira ampla e dentro dos limites estabelecidos pela Constituição.
Não é a primeira vez que o parlamentar enfrenta acusações relacionadas aos atos antidemocráticos. Em abril, o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação contra o deputado General Girão e a União, alegando danos morais coletivos decorrentes do estímulo a tais atos em frente a um quartel no Rio Grande do Norte. O MPF sustenta que os então comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, enquanto representantes da União, divulgaram uma nota encorajando os acampamentos, e que o parlamentar realizou repetidas postagens em suas redes sociais conspirando contra o Estado Democrático de Direito.
As alegações e investigações envolvendo o deputado General Girão continuam a alimentar debates sobre o limite da liberdade de expressão e o respeito à democracia no contexto político do Brasil.
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Ilustração
Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.