A secretária da STTU, Daliana Bandeira, afirmou que há a interesse em negociar, mas que vai exigir contrapartidas para concessão de benefícios.
A greve dos motoristas e cobrador de ônibus de Natal chegou ao segundo dia nesta quarta-feira (19.jan.2022). 30% da frota do transporte público da capital seguem circulando, afetando usuários que precisam se deslocar. Até o momento, apesar da solicitação do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) para a mediação do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), na paralisação, ainda não há confirmação de qualquer encontro entre os representantes do poder Executivo, dos trabalhadores rodoviários e empresários.
O Seturn solicitou desde a sexta-feira (14.jan.2022) uma reunião em caráter de urgência com o prefeito, para definir o dissídio coletivo do setor. “A STTU em resposta ao TRT sobre o salário do motorista e a tarifa ignorou o reajuste de salário e os aumentos do diesel e ainda assim a tarifa já está além de R$ 4,00. Com um detalhe: esse valor sem ISS, muito embora a desoneração tenha expirado em 31/12/2021”, afirmou Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn.
Porém, hoje, a secretária de Mobilidade Urbana de Natal, Daliana Bandeira, afirmou que há a interesse em negociar, mas que vai exigir contrapartidas para concessão de benefícios. “A gente está disposta a ir para a mesa, mas que a gente tenha uma contrapartida. (No ano passado) Foi dada a isenção, mas tiveram linhas devolvidas, serviços retirados, desobediências a ordens de serviço que a STTU enviava e a população que ficou prejudicada. Precisamos que isso seja uma via de mão dupla”, criticou a secretária, em entrevista a uma TV local.
Na avaliação da pasta, os empresários se aproveitaram da isenção do imposto mas não cumpriram acordos em prol do transporte coletivo da cidade.
Foto: Lucas Ewerton/Ilustração
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